Autonomia do Banco Central: governo Temer quer entregar o controle da economia para os banqueiros

O imperialismo, associado aos banqueiros e ao grande capital nacional, os donos do golpe, não dão “ponto sem nó”. Diante da crise que derrete o governo e da impossibilidade de aprovar a “reforma” da Previdência, nesse momento – a maior operação de assalto da população trabalhadora brasileira em toda sua história – resgataram uma série de medidas a serem implementadas pelo executivo e o legislativo no sentido de aprofundar o controle do Estado brasileiro em suas mãos.

Dentre as medidas, encontra-se a autonomia do Banco Central, que significa, na prática, entregar o controle de toda a política monetária e cambial para os banqueiros.

Se hoje os banqueiros já exercem uma profunda influência nas políticas econômicas nos diferentes governos, basta ver os altíssimos lucros sempre crescentes obtidos ano a ano pelo sistema financeiro – próximos a 100 bilhões em 2017 -, com a autonomia do BC, ou melhor, com a privatização do BC para os banqueiros, o país terá na prática um primeiro-ministro banqueiro.

De um ponto de vista econômico, o principal eixo do golpe reside justamente em desmatelar toda a economia nacional e entregá-la nas mãos dos donos do golpe. Diante da crise mundial essa operação de ser feita a toque de caixa. Assim como a autonomia do BC, uma outra medida que demonstra a liquidação do país em proveito dos banqueiros e do grande capital é a tentativa de privatização da Eletrobrás ou melhor a sua doação.

A depender dos golpistas, o Brasil será desmontado. O que vimos até agora não chega a ser nem o preâmbulo do que eles querem fazer com o país. O congelamento do orçamento a saúde e da educação, a lei de terceirização, a destruição da CLT, a entrega do pré-sal, a destruição da indústria nacional como a que foi feita com a construção naval, enfim, todas essas medidas e as consequências que já estão trazendo é “café pequeno” para o que querem fazer com o Brasil.