Aumenta o número de universidades com disciplina sobre o golpe de 2016

A disciplina sobre o Golpe de 2016, idealizada pelo professor Luis Felipe Miguel na Universidade de Brasília (UnB), começa a se espalhar por outras universidades federais brasileiras.

Na UFAM (Universidade Federal do Amozanas ),  a disciplina será oferecida pelo professor César Augusto Bubolz Queiróz, do departamento de História, e deve abordar os seguintes tópicos: 1. Golpe de Estado, corporativismo e o legado autoritário da Era Vargas; 2. Golpes e contragolpes no breve período democrático (1945-1964); 3. O golpe civil-militar de 1964; 4. O golpe de 2016: autoritarismo, perda de direitos e reação conservadora. Na UFBA (Universidade Federal da Bahia ), 22 professores da área de Humanas se juntaram para oferecer a disciplina “Tópicos Especiais em História: O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”. Ceará (UFC), a matéria está aberta também ao público em geral, que poderá cursá-la como ouvinte;

Varias universidades perceberam que há uma parcela significativa de pessoas insatisfeitas, com a política implementadas pelos golpistas, Reforma trabalhista que acabou com emprego formal, PEC 241 ou PEC do fim do mundo, que praticamente acaba com investimentos nas áreas publicas, o avanço das forças conservadoras sobre o conjunto dos  direitos dos trabalhadores e que tentam cerceamento   as atividades culturais e acadêmicas,  estão virando rotina. Escola sem partido, exposição cancelada no Santander, a performance no MAM/SP, os protestos contra a visita de Judith Butler .

Perseguições políticas: Como o que o ex: presidente Lula e outros dirigentes do Partido dos Trabalhadores vêm sofrendo, promovidas pelo poder judiciário extremamente arbitrário.  E mais recentemente a intervenção militar no Rio de Janeiro que é um laboratório para implementação de uma ditadura militar no país.

A ameaça do MEC de proibição da disciplina ofertada pelo professor Luis Felipe Miguel, da UnB, demonstram que a democracia está em risco e que devemos reagir de forma enérgica contra essas constantes tentativas de censura e aos ataques à autonomia intelectual e às artes e ao direitos individuais da população, Caso contrário, corremos o sério risco de ficarmos reféns de um governo que pretende silenciar as vozes dissonantes. É uma grave ameaça ao povo pobre e trabalhador brasileiro.