As eleições deveriam estar subordinadas à mobilização

Com o agravamento da crise, num espectro geral, a polarização se torna visível, bem como a tendência a esquerda, ainda que a ofensiva do imperialismo se mantenha. A direita continua se mantendo eleita em alguns países, de forma notoriamente antidemocrática, regada a inconstitucionalidades, aplicando uma série de golpes pela América Latina.

Para barrar estes golpes dados pelo imperialismo, a saída, diferente do que propaga a direita ou a esquerda pequeno-burguesa, não está nas eleições. A mobilização popular é a solução. O governo Temer já demonstrou não possuir poder algum, além da incapacidade de controlar a economia, o que ficou perceptível na greve dos caminhoneiros.

O governo de Michel Temer, sem dúvidas, agrava a crise no Brasil. Sendo assim deve se haver uma política ofensiva dos amplos setores populares, sindicatos e da CUT na luta contra o golpe. A greve geral já deveria ter iniciado no período da paralisação dos caminhoneiros. A convocação dela é fundamental, para derrotar o curso das privatizações, das reformas trabalhista e previdenciária, do desemprego e demais mazelas que tornam insustentáveis as condições de vida dos trabalhadores.

Nesse sentido a participação de todos na Conferência Nacional Aberta, que acontecerá em São Paulo, em julho (21 e 22), é fundamental. Incorporar os Comitês e estruturar a luta política contra o golpe é preciso. As eleições estão, nesse momento, subordinadas a mobilização popular. Esta deve ser pela libertação do ex presidente Lula, que é um preso político sob a ditadura da direita, pelo seu direito de ser candidato, bem como derrotar o golpe de conjunto.