A cultura e a arte fazem parte dos principais alvos do golpistas. Desde o primeiro dia do golpe, o governo golpista tentou extinguir o Ministério da Cultura e o corte de verbas de todos os governos é brutal. O último foi a mudança do destino de verbas das loteria federal que tradicionalmente vão para a cultura para a “segurança”, ou seja, a repressão, com a criação do Sistema Único de Segurança Pública.
Os ataques, no entanto, estão longe de ser apenas financeiros. Com o golpe, que impulsionou a extrema-direita fascista, já são incontáveis os casos de censura e agressões contra exposições, espetáculos e obras de arte em geral.
Tudo isso tem uma explicação. O golpe precisa sufocar todas as manifestações do povo e a arte é uma parte importante e essencial disso. A direita odeia o povo e odeia todo o tipo de expressão espontânea que coloque em xeque sua ditadura.
Por isso, comitês e organizações de artistas contra o golpe, contra a censura e os cortes de verbas aparecem aos montes em todo o País. Apenas para citar um exemplo, os militantes e simpatizantes do PCO, que fazem parte do GARI (Grupo por uma Arte Revolucionária e Independente), fundaram no início do ano o Comitê de Artistas Contra o golpe.
Os comitês e organizações de artistas e trabalhadores da cultura contra o golpe foram o primeiro passo da luta. Diferente do que quer a burguesia e a direita, a arte só é verdadeira quando é política, quando é revolucionária, e só é revolucionária quando é autêntica e verdadeira.
É preciso agora dar um passo adiante no engajamento contra o golpe e pela liberdade de Lula. É preciso que os artistas se envolvam diretamente na mobilização das amplas massas. Para isso, a tarefa do momento é a participação na Conferência Nacional Aberta de Luta contra o Golpe.
Ativistas de todo o País irão se reunir em São Paulo nos próximos dias 21 e 22 de julho, na Quadra dos Bancários, perto da praça da Sé, para debater e traçar um plano de lutas que efetivamente coloque o governo golpistas em xeque.
O papel dos artistas e todos os trabalhadores da cultura nesse momento é essencial. Chamamos todos a se inscrever e participar ativamente da Conferência.