Acordo ruim: PT entrega quatro estados e mesmo assim não consegue apoio do PSB a Lula

A direção do PT (Partido dos Trabalhadores) anunciou um acordo de “não agressão” com o golpista PSB, partido que na sua quase totalidade apoiou o golpe de Estado, o impeachment de Dilma Rousseff, e se cala diante da arbitrariedade policial, cometida com a prisão política do ex-presidente Lula.

O acordo que foi celebrado entre a direção do PT e o PSB, consiste em conseguir que o PSB se declare nulo na disputa eleitoral de 2018, ou seja, não lance nenhum candidato presidencial, coisa que eles já fariam depois que o ex-juiz golpista Joaquim Barbosa desistiu de sua candidatura. Outro ponto do acordo é fazer com que o PSB não declare apoio a nenhuma outra candidatura. O PSB estava negociando apoio ao abutre Ciro Gomes do PDT.

Em relação ao apoio do PSB à candidatura de Ciro, essa alternativa já tinha feito água quando o centrão resolveu apoiar o golpista Geraldo Alckmin do PSDB, dando as costas ao abutre do Ceará. Não foi o acordo com o PT que levou o PSB desistir de Ciro, foi a burguesia que resolveu abandonar a candidatura do abutre do PDT, que parece que terá que carregar sozinho sua carcaça.

Então, do ponto de vista de ganhos no cenário da candidatura nacional de Lula, o PT ficou na mesma, não conseguiu nem mesmo o apoio do PSB para a candidatura presidencial.

No entanto, no Estado onde Lula é mais forte, em Pernambuco, a direção do PT se comprometeu a rifar a sua candidatura ao governo, Marília Arraes, neta de Miguel Arraes, para apoiar o candidato do PSB no Estado.

O mesmo no que diz respeito a apoiar as candidaturas do PSB do Amazonas, Amapá e Paraíba, em troca de apenas apoiar a candidatura de Fernando Pimentel em Minas Gerais.

Estamos vendo novamente os governadores do PT atuando para negociar acordos regionais, sem levar em consideração a principal luta do PT e do povo brasileiro que é a luta contra o golpe e pela liberdade de Lula.