Vencerá o anti-futebol

Ao contrário do que se possa pensar e do que a imprensa burguesa diz, as semi-finais e a final da Copa do Mundo de 2018 não concentram o melhor futebol do mundo, na verdade, é justamente o contrário.

O futebol, tal como nós brasileiros conhecemos, é jogado, na maior parte do tempo, com as pernas, com habilidade, criatividade, jogadas bem trabalhadas e, finalmente, com gols. A inteligência e a elegância também fazem parte deste futebol vitorioso. Só nós, brasileiros, temos cinco taças conquistadas sobre o anti-futebol “desenvolvido” na Europa.

O que se viu até são dois fatores que influenciaram no que restou da Copa do Mundo. O primeiro, inegável facilitador de resultados, foi o juiz virtual, o VAR, que interveio sempre que pôde para favorecer os times europeus.

Esse apoio virtual se somou ao esquema tático anti-futebol, de um goleiro e 10 zagueiros, que a maioria dos times montou. Um esquema contra o objetivo do jogo, que é marcar gols, fazer as redes balançarem, alegrar a torcida com belas jogadas, dribles, etc.

Única seleção capaz de passar por cima dessa composição macabra anti-futebol (VAR + futebol de zagueiros grandalhões) é a Seleção Brasileira, que foi garfada várias vezes nesta Copa até cair diante da “geração belga”, que não mostrou futebol algum durante toda a Copa, levando a vitória sobre o Brasil com a ajuda do VAR, somente.

Neymar é a expressão mais bem acabada do problema. Melhor jogador da Copa (de longe), foi caçado dentro e fora de campo, pela direita e pela esquerda, quando todos foram convencidos pela imprensa burguesa que, sim, futebol é chutão, retranca, 23 zagueiros, truculência e chuveirinho na área e “seja o que Deus quiser”.

A Copa do Mundo do anti-futebol vai terminar com os finalistas europeus, para a alegria do mercado imperialista, que vai lucrar alguns milhões com esses times na impensável final que vai juntar o futebol-força e o “chuveirinho”, que são horríveis de se ver. Vencerá quem tiver o VAR ao seu lado.