VAR, o STF da Copa derrota o Brasil

Em 30 de abril deste ano a Fifa divulgou a  relação dos 13 árbitros que acompanhariam o chamado árbitro de vídeo (VAR, na sigla em inglês para “Video Assistant Referee”). Mostrando já neste momento, quem comanda o futebol mundial, a UEFA, com nada menos que nove árbitros europeus, três sul americanos(sendo um brasileiro, Wilton Pereira Sampaio), um asiático e nenhum africano. Sendo eles:

UEFA

Bastian Dankert (Alemanha), Felix Zwayer (Alemanha), Danny Makkelie (Holanda), Daniele Orsato (Itália), Massimiliano Irrati (Itália), Paolo Valeri (Itália), Pawel Gil (Polônia), Artur Dias Soares (Portugal), Tiago Bruno Lopes Martins (Portugal).

AFC (Associação Asiática de Futebol)

Abdulrahman Al Jassim, do Catar

Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol)

Mauro Vigliano (Argentina), Gery Vargas (Bolívia), Wilton Sampaio (Brasil)

Já na ocasião a corrupta Fifa procurava explicar que o critério de seleção foi baseado prioritariamente na experiência dos árbitros na função em suas respectivas confederações .  Sendo que cada um dos 13 desempenhariam diferentes funções no processo de arbitragem com o auxílio de vídeo. O que a Fifa não explicou foi o porque de tamanho disparate com total domínio dos europeus, comandados pela UEFA, nove contra três sul americanos e um asiático.

Tal domínio tem explicações mercantis, como ficou demonstrado pela imprensa internacional, ao expor que a Inglaterra, por exemplo, lucrará 9 bilhões de dólares, caso a Inglaterra chegasse as semifinais, como aliás, chegou.

Entenda como supostamente deveria funcionar o sistema do VAR:

Quatro pessoas ficam em sala fechada, ou seja, de acordo com o número de europeus , maioria absolta nesta sala, sem visão direta para o jogo, e acompanham à partida por monitores de TV, sendo um operador de equipamento, um auxiliar de VAR, um terceiro como auxiliar para impedimento e por último o chamado árbitro VAR.

Na teoria do STF da Copa, ao detectar um “erro claro”, pelas imagens o VAR faria contato com o árbitro no campo, e sempre que um lance fosse revisado, o telão do estádio informaria  os torcedores. Tudo pela chamada honestidade e éticas europeias. Mas pelo contrário, na Copa não houve nada de arbitragem honesta. Os árbitros responsáveis pela análise dos lances de jogo eram indicados pela UEFA. Ou seja, pelos europeus, o futebol é um grande mercado, só na Inglaterra capitalistas esperam um lucro de 9 bilhões de dólares se os ingleses perna de pau chegarem nas semifinais. As seleções europeias em vários momentos da Copa foram beneficiadas em lances clamorosos pelo VAR e seus assistentes. Já a seleção brasileira foi em várias ocasiões prejudicada.

O Brasil desde a estreia foi totalmente perseguido pela arbitragem, cuja intenção era se possível tirar o Brasil na primeira fase, o que não conseguiram, situação em que apesar de beneficiada pelo VAR, coube aos pernas de pau alemães.

Já no empate em 1 a 1 com a Suíça, quando o atacante Zuber deslocou o zagueiro Miranda dentro da área para se aproveitar do espaço deixado e cabecear para o gol, o VAR não foi utilizado. Em seguida em disputa de bola entre Gabriel Jesus e Akanji, em que o camisa 9 foi derrubado na área, clara penalidade, mais uma vez o VAR foi contra o Brasil. Em ambos os lances, a atitude do árbitro de campo foi a mesma: manter a marcação inicial sem precisar de revisão na tela que fica à beira do gramado.

Na cabine, em todos os casos, os assistentes de vídeo europeus sequer analisaram os replays e não contestaram a marcação do juiz, procedimento chamado de “silent check” (checagem silenciosa, em inglês). Por conta desses abusos , a CBF protocolou  uma queixa formal à Fifa, pedindo esclarecimentos pelo não-uso do VAR e a divulgação dos áudios da comunicação via rádio da equipe de arbitragem que trabalhou no jogo contra os suíços.

No jogo contra a Costa Rica, quando a partida ainda estava empatada Neymar foi puxado pelo zagueiro costa riquinho e caiu dentro da área. O juiz holandês Bjorn Kuipers, sem hesitar, marcou pênalti, causando revolta nos jogadores costa-riquenhos. Após comunicado da cabine europeia do VAR, para “revisar” a jogada pelo recurso de árbitro de vídeo, ele voltou atrás e esta se tornou a primeira vez em que houve anulação de pênalti na Copa do Mundo.

Contra o México, em que Neymar sofreu um pisão de Miguel Layun fora de campo e nem sequer levou cartão amarelo, tudo isso teve intervenção direta do italiano Gianluca Rocchi que irritou os brasileiros ao não usar o árbitro assistente de vídeo (VAR) para verificar o pisão que Neymar levou do lateral Miguel Layún, aos 26 minutos do segundo tempo. Além de não ter revisto o lance, o italiano optou por não dar cartão ao jogador mexicano. Além disso, o mesmo Rocchi esteve no caminho do Brasil no jogo contra a Suíça. Na ocasião, ele trabalhou diretamente na equipe do VAR e não viu a suposta falta em Miranda no gol de empate da equipe suíça, anotado por Steven Zuber.

Além das orientações da UEFA, de privilegiar o futebol europeu, Rocchi também foi protagonista em um lance com Neymar na última Liga dos Campeões. Nas oitavas de final da competição, no duelo entre PSG e Real Madrid, o brasileiro acertou uma bolada no rosto do árbitro italiano.

Contra os belgas, o Brasil reivindicou duas penalidades, em cima de Gabriel Jesus e Neymar, mas o árbitro sérvio Milorad Mazic optou por não analisar os replays. O próprio técnico brasileiro afirmou ao final do jogo: “Não quero colocar a arbitragem, soa um pouquinho como choro. A única coisa é que eu gostaria de ter visto o VAR no lance do Gabriel. Só. Padrão”.

Vários árbitros brasileiros denunciaram a incrível armação contra o Brasil, um deles foi o comentarista do FOX Sports, o ex – árbitro da Fifa, o brasileiro Carlos Eugênio Simon analisou o lance e viu erro de interpretação no lance: “Juiz teve um erro capital. Foi uma jogada imprudente, o Kompany acertou o Gabriel Jesus. Foi um pênalti sonegado para a Seleção Brasileira. Foi indiscutível. Se a Bélgica foi prejudicada contra o Brasil em 2002, hoje foi beneficiada”.

Ontem mais uma vez, pênalti escandaloso no Gabriel Jesus, após lindo drible por entre as pernas do primeiro zagueiro, o segundo o acertou com as travas metálicas da chuteira no tornozelo derrubando-o na pequena área. E como era de se esperar o árbitro de vídeo “nem foi” foi consultado. Por que será?

Simples. Para o imperialismo o Brasil não podia ser campeão, isso interferiria nos lucros bilionários do mercado europeu. Os árbitros responsáveis pela análise dos lances estavam lá orientados para Isso. E por falar na ética europeia, para beneficiar os países da UEFA, em especial Alemanha, França, Inglaterra, qual não foi o patrocínio ao VAR?

Com o VAR, ficou famosa em vários locais da periferia, a seguinte reflexão: antes o torcedor brasileiro, achava que havia sido roubado, agora com o uso do VAR ele tem certeza. Tudo a favor dos europeus, diga-se de passagem, do mercado europeu.