“Um gol contra o fascismo!”, governo turco sobre Özil deixar a seleção alemã

O meia alemão Mesut Özil anunciou domingo (22) que deixaria de jogar pela seleção de seu país. Özil, que é filho de imigrantes turcos, denunciou o racismo da imprensa, dos torcedores e até dirigentes alemães. O meia foi muito criticado por desemprenho na Copa do Mundo, em mais um exemplo do que acontece em toda a Europa: quando o time nacional perde, colocam a culpa nos imigrantes.

Os ataques racistas, no entanto, vieram antes do desenlace da competição. Özil foi xingado por torcedores, em termos racistas, por tirar fotos com o presidente da Turquia Recep Erdogan antes da Copa do Mundo. O presidente turco tem uma disputa com a chanceler alemã Angela Merkel, que inclusive proibiu comícios de Erdogan nas cidades alemãs.

Um ministro do governo turco se pronunciou sobre a decisão de Özil. Abdulhamit Gul, ministro da Justiça, disse que Özil fez “um golaço contra o fascismo”. Uma afirmação que deverá causar irritação entre os racistas da torcida e da imprensa alemãs. Casos como o de Özil desmascaram fantasias sobre a “democracia” em países imperialistas.