UFSC: diretor é processado por não cesurar protesto

A mesma delegada da Polícia Federal, Érika Marena, que estava à frente das acusações contra o Reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier, tendo este cometido suicídio em razão das falsas acusações de corrupção, abriu investigação contra o atual Reitor da UFSC, Áureo Mafra de Moraes, devido a uma manifestação de alunos durante um evento em favor da UFSC cujo tema era “Universidade Já – UFSC 57 anos”. 

O evento destinava-se a celebrar os 57 anos da instituição, entretanto, houve protestos não organizados pela universidade, mas sim pelos usuários do estabelecimento. O acontecimento foi gravado e disponibilizado na internet  como qualquer outro. Aconteceu que, durante as manifestações dos manifestantes, algumas faixas continham imagens da delegada Érika Marena. Insatisfeita, achando que a culpa pelo protesto era do atual Reitor, a delegada iniciou investigação, tendo a delegacia encaminhado intimação para ele prestar depoimento.

Enfim, o desejo da delegada era que o Reitor tivesse censurado as manifestações dentro do espaço democrático da Universidade. Pior do que isso: ela tenta colocar a culpa na atual gestão por terem cometido crimes contra a honra.

Essa nova investigação, iniciada pela referida delegada, que também fez parte da criminosa operação lava jato, demonstra como os golpistas estão se sentindo a vontade para perseguirem e punirem quaisquer pessoas que eles quiserem, ainda que não tenham cometido crime algum. É preciso ter consciência de que apenas uma mobilização de massas contra os fascistas poderá reverter esse quadro geral de perseguição dos movimentos progressistas e de esquerda que se espalhou no país.