TRF4 mantém perseguição à Marisa Letícia mesmo depois de sua morte

E a perseguição continua implacável. Depois de confirmar – através de um processo-farsa – a sentença do juiz fascista Sérgio Moro contra o ex-presidente Lula, o Tribunal Regional Federal da 4ª região, de Porto Alegre, acaba de escrever mais um capítulo na longa e interminável história de perseguição à Lula.

A desembargadora do TRF4, Maria de Fátima Freitas Labarràre acaba de se pronunciar contrária à absolvição da ex-primeira dama Marisa Letícia Lula da Silva, companheira por mais de 40 anos do ex-presidente. Marisa Letícia faleceu em janeiro de 2017, vítima da gigantesca pressão que ela e sua família vinha sofrendo pelos tribunais de exceção que conduzem os processos contra Lula.

A solicitação foi impetrada pela defesa do ex-presidente, diante do entendimento de que a absolvição sumária é necessária para afastar qualquer juízo negativo em relação à memória da ex-primeira-dama.

Com a decisão tomada pela magistrada, o recurso não seguirá para as instância superiores (Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal). Em seu argumento, a desembargadora argumenta que “não há divergências   jurisprudenciais sobre a questão” (site Rede Brasil Atual, 14/02).

Está mais do que claro – e isso já ficou demonstrado em inúmeras outras ocasiões durante todo o processo – que os tribunais brasileiros deflagraram uma verdadeira caçada contra o ex-presidente Lula e sua família. Desde quando foi deflagrada, a operação lava jato e seus tribunais, juízes e procuradores vêm atuando ao arrepio da lei, violando abertamente até os mais elementares dispositivo constitucionais.

Tratam-se de tribunais de exceção que, sob a égide de um regime cada vez mais ditatorial,  agem no sentido de legitimar as arbitrariedades dos golpistas contra a manifesta vontade popular. A perseguição ao ex-presidente Lula e à sua família é a expressão mais acabada desta odiosa política.