Trabalho escravo sob o capitalismo demonstra o colapso de um modo de produção apodrecido

Em 2015, a maioria dos setores da esquerda nacional diziam que não iria ter golpe no Brasil, uma vez que o país teria uma “democracia consolidada”. No entanto, o golpe aconteceu e mostrou que nada, absolutamente nada está consolidado: férias, previdência, cotas etc. Nessa semana, Temer anunciou a retirada de 70% da verba do combate ao trabalho escravo, o que, na prática, significa a permissão do governo golpista para que a escravidão seja praticada quase que livremente.

Os cortes de verbas do governo golpista sempre se dão por uma razão política, e não por uma questão de economia de gastos. Os bilhões que vêm sendo sistematicamente cortados da Educação, por exemplo, estão sendo diariamente desperdiçados com as falácias da ‘Segurança Pública”, pois o governo golpista está mais interessado em reprimir a população do que permitir que os filhos dos trabalhadores tenham acesso às escolas e universidades. O mesmo acontece com o trabalho escravo: há maior interesse em permiti-lo do que reprimi-lo.

A permissividade do governo golpista não é à toa. Não se deve à “maldade” do presidente golpista Michel Temer, mas sim a razões fundamentalmente econômicas. Em todo o mundo, o capitalismo já se provou ser um sistema inviável, apodrecido. As revoluções burguesas, que vieram para liquidar com a servidão e a escravidão, prometiam no capitalismo a liberdade do ser humano – pois, para a própria lógica do capitalismo, é necessário um mercado e uma produção fundamentada no capital e no trabalho assalariado. No entanto, o que se vê agora é o capitalismo indo de encontro com suas próprias regras – a volta do trabalho escravo é a maior prova de que o capitalismo não deu certo, uma vez que remete a uma etapa ainda mais atrasada da história da humanidade,

A falência do capitalismo mostra que a solução para os problemas da humanidade não está em fazer “reformas” que permitam que este sobreviva. É necessário que o trabalhadores de todo o mundo se levantem contra os seus patrões e, através de um partido revolucionário, conduza a humanidade rumo ao socialismo.