Tição, Programa de Preto e a importância do povo negro no carnaval

Vai ao ar nesta próxima segunda-feira às 19h o Tição, Programa de Preto com a apresentação dos companheiros Juliano Lopes e Patrício Salgado. Nesta edição, recebendo Jair Santos, presidente do Grêmio recreativo Em cima da Hora Paulistana para uma conversa sobre a participação do povo negro no carnaval.

Voltando no tempo, o povo negro escravizado não tinha nenhuma participação nas festas de carnaval. Quando as senhoras negras vestidas de branco cantavam suas canções nas procissões religiosas, o povo negro começou a ter uma participação cada vez maior naquela que viria a se tornar a maior festa popular do Brasil.

Foi assim com senhoras negras vestidas de branco entoando suas canções nas procissões religiosas que deram origem a escolas de samba tradicionais como a Estação primeira de Mangueira nos anos 1920, e muito tempo depois já em 1960 a Salgueiro pelas mãos do carnavalesco Fernando Pamplona, que homenageou Zumbi dos Palmares.

A origem do carnaval é fundamentalmente branca. Esse formato de carnaval de desfiles de escolas de samba que conhecemos é importado da Europa, mais precisamente de Paris, mas, foi o povo negro quem abrilhantou e deu vida e movimento ao carnaval. Quando virou algo genuinamente pertencente a cultura negra, tal como no caso do futebol.

As marcas do povo negro no carnaval ainda é visível, mas tem muito tempo que a burguesia pretende acabar com essa festa justamente por este fato. O carnaval é uma celebração de nossas origens, de nossa cultura e de nossa identidade nacional.

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