Temer e o golpe arruinaram a economia: dólar dispara para mais de R$ 3,90

O golpe contra o governo Dilma Rousseff foi aplicado sob a justificativa implícita de que seu governo estava arruinando a economia do País. No entanto, o fato é que ele estava sendo claramente boicotado. Agora, sem nenhum boicote contra o governo Temer, que tem contado sempre até o momento com o apoio “negociado” do congresso, o Brasil caminha para um atoleiro econômico como há muito tempo não nos encontrávamos, só comparável aos últimos anos da era FHC.

Hoje, quando o dólar atinge a marca dos R$ 3, 90 rumo aos R$ 4, R$ 5, mesmo com todo o dinheiro gasto pelo Banco Central para reduzir a fuga de capitais, a situação econômica se aproxima da catástrofe total.

Enquanto alguns setores do próprio PT, de inclinação “psolista”, afirmam que Dilma caiu por que ela era impopular, por ter “destruído a economia” e por que “não conseguia controlar o Congresso”, agora temos um governo com quase zero de aprovação, que produziu forte desestabilização cambial, com o dólar disparando malgrado os bilhões despejados no mercado, torrando as reservas nacionais.

Pode se dizer que, se no caso de Dilma a alta do dólar era artificial, tratando-se portanto de um boicote econômico, agora o País está afundando mesmo. A desvalorização do real representa aqui um evento real, que mostra o empobrecimento do país, que caminha a passos largos para o pior dos mundos: recessão com inflação.

Com Temer no governo, o salário caiu, o desemprego aumentou, e do ponto de vista da corrupção, é difícil pensar num governo mais corrupto que esse.

No entanto, com todos esses agravantes, fica evidente que o governo ainda não caiu – derrubada pelos próprios donos do golpe – pela enorme divisão e fragilidade da própria burguesia que não consegue sequer se unificar em torno de um candidato para as eleições fraudulentas que pretende realizar sem a participação de Lula, o candidato que expressa a profunda e ampla rejeição ao regime golpista.