É preciso parar os fascistas, não a caravana de Lula

A caravana pela região sul se mostrou totalmente acertada, uma vez que mobilizou centenas de pessoas em torno do ex-presidente em um momento em que Lula está na iminência de ser preso, fato identificado diretamente pela população pobre e trabalhadora como um elemento do golpe de Estado. Em várias cidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, o apoio a Lula foi grande, demonstrando o repúdio da população ao golpe e suas arbitrariedades.

Determinados setores do próprio PT ficaram intimidados com as provocações dos grupos fascistas da extrema direita contra Lula e cogitaram até mesmo suspender a campanha do ex-presidente pela região sul, o que seria uma clara capitulação diante das provocações da direita golpista. Em primeiro lugar é preciso deixar claro que, contra os fascistas, que são nada mais do que grupos minoritários e artificiais, formados por PMs, jagunços, etc, que são financiados pelos latifundiários e grandes empresários, como se pode ver muito nitidamente em suas “manifestações”, não se deve baixar a cabeça, é preciso responder a provocação dos fascistas na mesma moeda, como afirmou o próprio presidente Lula em Santa Catarina, quando disse que os militantes petistas devem reagir às intimidações.

Não se deve baixar a cabeça para a direita, é preciso continuar mobilizando a população pobre e trabalhadora contra o golpe. A presença de Lula polariza a luta política e é um instrumento importante para que a população veja claramente quem são seus verdadeiros inimigos, os quais historicamente exploram o povo trabalhador.

Não se deve recuar, é preciso intensificar a mobilização em todos os lugares. No próximo dia 4 de abril está marcado o julgamento do habeas corpus do ex-presidente no STF, é necessário ocupar as ruas contra a prisão de Lula e os trabalhadores devem estar preparados para se defender das provocações.