Tapetão da Conmebol elimina time brasileiro da Libertadores

O time paulista do Santos – um dos representantes brasileiro na Taça Libertadores – está eliminado da competição. A eliminação, no entanto, não se deu em campo, como resultado do futebol praticado dentro das quatro linhas, mas por uma decisão da entidade que controla o futebol no continente sul-americano, a Conmebol.

O Santos disputava com o Independiente, da Argentina, uma das vagas às quartas de final da competição, em partida de ida e volta. Na primeira partida, disputada em Avellaneda, na casa do adversário, o confronto foi muito duro – como tradicionalmente ocorre nas partidas entre brasileiros e argentinos – terminando empatado em 0 x 0.

O time brasileiro, todavia, de acordo com alegações da Conmebol, teria cometido uma irregularidade, escalando o jogador Carlos Sanchez, que não estava legalmente habilitado para participar da primeira partida, realizada na Argentina. Em função disso, a entidade sul-americana aplicou uma severa, desproporcional e dura punição ao time brasileiro, alterando o placar verdadeiro e original da partida (0 x 0) para 3 x 0 em favor do Independiente. Esta draconiana decisão alterou completamente o panorama da segunda partida, praticamente antecipando a classificação do time argentino.

Com a bola rolando, na segunda partida, realizada não em Santos, mas na capital paulista, no velho Pacaembu, o time brasileiro – em larga desvantagem – não conseguiu superar o adversário. Além do abalo emocional em função do revés no placar por decisão da entidade, o time não se encontrou em campo, repetindo os mesmos erros que tem marcado a irregular campanha do time no “Brasileirão”. O experiente time argentino tirou proveito desta situação, administrando a “vantagem” que lhe foi dada pelo tribunal da Conmebol. Os argentinos ainda desperdiçaram um pênalti, defendido pelo bom goleiro santista.

A partida se encaminhava para o final registrando o mesmo placar do primeiro confronto, o que garantiria a classificação do time argentino, quando aos 35 minutos do segundo tempo, a torcida santista, inconformada com a iminente desclassificação do time, iniciou um quebra-quebra no tradicional estádio, interrompendo a partida. Como é de costume, a PM investiu para cima da torcida, com a habitual violência, protagonizando cenas explícitas da mais pura truculência e espancando os torcedores. A arbitragem – diante do cenário de caos em que se transformou as arquibancadas – decidiu pelo encerramento da partida, resultando na eliminação do Santos, levando o time argentino à classificação para a próxima fase.