SP: 8 de março tem greve das professoras e ato

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) está convocando uma assembleia, com paralisação da categoria, no dia 8 de março, dia internacional de luta da mulher trabalhadora. Trata-se de um deliberação do último Conselho Estadual de Representantes, realizado  no ultimo dia 10.

No mesmo dia foi marcado um ato para marcar o dia de luta da mulher trabalhadora e pode ocorrer o início da  greve da categoria, composta por mais de 80% de mulheres, e alvo da política nefasta do governo inimigo dos trabalhadores Geraldo Alckmin, do PSDB.

As razões para essa greve são as mais variadas e justificadas, para essa categoria tão atacada pelas políticas de recessão aplicada pelo governo do PSDB, nos últimos vinte e três anos no estado de São Paulo. O golpe de estado, que derrubou a presidenta Dilma Rousself possibilitou a intensificação dessas políticas contrárias à educação dos filhos dos trabalhadores, portanto, a luta dos professores tem que passar necessariamente pela luta contra o golpe.

Os salários estão congelados há mais de três anos. Depois de um fajuto reajuste escalonado em quatro anos, de 2010 a 2014, o governo estadual sequer abriu negociações com os professores. Essa truculência se deu mesmo após a histórica greve de 92 dias, realizada em 2015, que praticamente derrubou o então Secretário da Educação e ajudou a barrar a reorganização no final daquele ano, ao lado das ocupações de escolas com os estudantes.

Depois de ter recuado por conta daquela mobilização, o governo está impondo a redução da rede e dos gastos com Educação por meio do fechamento – apenas neste começo de ano – de mais de 2 mil salas de aulas em todo o Estado, equivalentes a cerca de 200 escolas a menos.

O golpe de estado fez com que o governo estadual paulista se sentisse mais à vontade para massacrar os professores e atacar  ensino público. Incentivou a famigerada Reforma do Ensino Médio, que pretende esfacelar o ensino secundário no estado e no País e favorecer o ensino privado.

A mobilização também tem como um dos seus eixos a luta para barrar de forma definitiva a “reforma da Previdência”. A categoria  de maioria feminina  está sob a ameaça direta das alterações dessa “reforma” que entre outras coisas, pretende igualar a idade limite de aposentadoria entre mulheres e homens, condicionando como 65 anos e 49 anos de contribuição. Uma mostra a verdadeira face do golpe de estado: contra os pobres e as mulheres, em primeiro lugar, e contra toda a população.

É necessária uma grande mobilização para a assembleia dia 8 de março, para dar início a uma greve por tempo indeterminado , contra as medidas do governo tucano e como parte da luta para derrotar o golpe, com a anulação do impeachment, o fim da intervenção militar no Rio e para barrar a prisão de Lula.