No dia 19 de fevereiro, os sindicalistas da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios), ligados ao Bando dos Quatro (PT, PCdoB, PSTU e diretores do Sintect-MG), publicaram na página da entidade na internet, uma nota pública contra a destruição do plano de saúde da categoria.
Depois que esses mesmos sindicalistas assinaram, no ano passado, o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da categoria referente ao período de julho de 2017 a agosto de 2018, dando todos os poderes para os ministros patronais e golpistas do TST (Tribunal Superior do Trabalho) para modificar e excluir direitos no plano de saúde dos Correios, a categoria está ameaçada de a qualquer momento perder seu principal benefício.
Os golpistas ministros do TST marcaram audiência para decidir sobre assunto no dia 22 de fevereiro, aonde a categoria, antecipadamente já sabe que a pretensão da direção golpista da ECT será atendida pelos golpistas do tribunal, que é a exclusão dos dependentes dos trabalhadores (pai, mãe, filhos e cônjuges) do plano, e cobrança e mensalidades dos trabalhadores.
Diante do anunciado ataque dos golpistas a esse benefício, provocado pela traição na assinatura do ACT 2017/2018, os sindicalistas do Bando dos Quatro apresentaram como plano de luta a “reza” aos “santos” advogados, e uma uma nota pública.
Além do fato desses se mostrarem incapazes de dirigir a luta dos trabalhadores, a nota escrita por eles também realçam o caráter reacionário e despolitizado desses sindicalistas.
A nota redigida por sindicalistas, alguns do PT, sequer menciona que o país está sendo controlado através de um golpe de estado, a partir do impeachment fraudulento da presidenta Dilma Rousseff, do PT.
Agravado pelo fato de tratar golpistas como o direitista Guilherme Campos, como legítimo presidente dos Correios, tendo a mesma formalidade com o governo federal na mão do “vampirão”, Michel Temer.
O grau de despolitização da nota pública fica mais explícita, quando dirigentes sindicais, que dizem ser contra a privatização dos Correios, reproduzem na nota os mesmos argumentos da direita privatista de que o problema nos Correios é fruto da corrupção e indicação política de cargos na empresa.
Primeiro que, após o golpe de estado no Brasil, com o impeachment de Dilma Rousseff, a política de lutar contra a corrupção mostrou ser uma armadilha da direita para iludir os trouxas, usá-los como “manifestoches” para tirar os supostos corruptos inimigos e colocar em seu lugar verdadeiros corruptos amigos.
Segundo, que uma empresa pública tem como característica a indicação política para os cargos de direção, ser contra indicação política para os cargos de direção nas estatais é defender o formato de direção empresarial que são usadas em empresas privadas, aonde quem determina a nomeação dos cargos são os donos da empresa.
O problema é que são os trabalhadores quem devem indicar politicamente a direção das empresas estatais, através de eleição direta para todos os cargos, de presidente a supervisor, com mandatos revogáveis pelos próprios trabalhadores, a qualquer momento.
Por isso, a situação nos Correios exige uma nova direção sindical para os trabalhadores dessa categoria, que vise combater os ataques do governo golpista aos Correios e superar a capitulação do sindicalismo do Bando dos Quatro, através da reorganização da oposição classista e dos ativistas de base, com a formação de comitês de luta contra o golpe da categoria dos correios.