Servidores contra Doria: a combativa greve dos municipários de São Paulo continua esta semana

A greve dos servidores municipais de São Paulo entra em mais uma semana de luta. Embora haja muita truculência do prefeito almofadinha de São Paulo, João Doria, os servidores tem dado um exemplo de combatividade. Enfrentaram a Guarda Civil Metropolitana (GCM), verdadeira milícia fascista defensora de Doria, e continuam mantendo essa combativa greve.

A pauta dos trabalhadores passa pela luta contra política contra o golpe, pois Doria quer criar o Projeto de Lei (PL – 621) que institui a Sampaprev como o aumento da alíquota da contribuição previdenciária de 11% para 14%. Os golpistas estão querendo passar a conta do golpe para os trabalhadores e os servidores públicos paulistanos estão combatendo exemplarmente.

Esse enfrentamento está numa etapa decisiva. Doria tem pressa de aprovar essa pauta, pois abandonará o cargo no dia 6 de abril para disputar as eleições estaduais para o cargo de governador. Quer destruir primeiro o município para depois acabar com o que resta dos serviços públicos do estado de São Paulo.

Sobre o nível de conscientização dos seridores em luta, afrima Cláudio Fonseca, presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação do Ensino Municipal de São Paulo (SINPEEM) “A categoria está bem consciente do projeto, mesmo que nem todos tenham lido a íntegra (…) No ano passado, tivemos êxito no que diz respeito à reforma federal que não foi aprovada”.

A luta contra as práticas do golpe tem que se dar no campo político, ou seja, deve também passar pela luta pela anulação do impeachment, contra a prisão de Lula e pelo fim da intervenção militar no Rio de Janeiro. Se Lula fosse irrelevante como parte da política dos trabalhadores, os golpistas não se esforçariam para prendê-lo, mesmo que com acusações falsas. Para conter essas medidas de austeridade é preciso, antes de tudo, acabar com o golpe.