Se pudesse, a direita golpista acabaria com a cultura

Na última semana o governo golpista de Michel Temer anunciou que vai cortar ainda mais verbas da cultura. O Ministério da Cultura em função da Medida Provisória que institui o Fundo Nacional de Segurança Pública 841/2018 reduziu de 3% para até 0,5% a participação do Fundo Nacional de Cultura na receita das loterias federais. Os recursos agora serão destinados ao novo novo fundo de segurança, uma espécie de “SUS da repressão”.
A medida fez até o capacho golpista, o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, criticar o governo.
Sá Leitão, o mesmo que está perseguindo o cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho, com multas abusivas sobre seu filme “O Som ao Redor”, se pronunciar dizendo que “O combate à violência urbana, porém, não deve se dar em detrimento da cultura, mas também por meio da cultura, assim como do esporte e da promoção do desenvolvimento. Além de seu valor simbólico e potencial transformador, a cultura é um vetor de inclusão e crescimento econômico”.
O ministro fez a encenação e até ensaiou uma demissão que não se confirmou.
A questão aqui é o fato de a Cultura ser uma das áreas mais afetadas desde o início do golpe. Assim que Dilma foi destituída e Temer assumiu, em 2016, o  Ministério da Cultura foi extinto. Logo após inúmeros protestos nacionais e internacionais o governo voltou atrás, mas os ataques continuaram.
A Lei Rouanet foi atacada, desde então o cargo de Ministro foi já foi trocado duas vezes. Os projetos culturais federais, estaduais e municipais foram gradativamente cortados.
Esta política de ataque à cultura é uma constante do governo golpista. A cultura é tratada como uma algo supérfluo e extremamente desnecessário para os golpistas. A direita não tem interesse nenhum em investir em cultura. A categoria dos artistas foi uma das que mais protestou e denunciou o golpe em vários âmbitos. A direita é ignorante, é superficial, não tem discernimento, não gosta de arte, não gosta da cultura popular e nem da cultura erudita. Se não houvesse resistência por parte dos artistas e do povo a cultura já teria acabado. Se pudessem, os golpistas acabariam com a cultura.