Da redação – O índice de mortalidade materna por complicações decorrentes da gravidez aumentou desde o início do golpe no Brasil, em 2016. Desde então, 92% dessas mortes seriam evitáveis com a presença de uma estrutura hospitalar adequada para lidar com hipertensão, hemorragia, infecções e abortos. Esses dados indicam que o aumento desse tipo de mortalidade é diretamente relacionado à redução da infraestrutura hospitalar no Brasil pós-golpe.
Em 2000, o país fez pacto para baixar em 75% as mortes maternas até 2015 dentro dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, fixados pela ONU com apoio de 191 países. A meta era se limitar a 35 óbitos por 100 mil nascidos vivos. Mas em 2015 a taxa ficou em 62 por 100 mil nascidos vivos (redução de 57%) e, no seguinte, subiu para 64,4. Hoje, no Amapá, o índice chega a 141,7, número comparável ao Butão e à Argélia. Nas regiões Norte e Nordeste, as taxas são de 84,5 e 78 mortes para cada 100 mil nascidos vivos, piores índices brasileiros, para os 44,2 e 55,8 do Sul e Sudeste do país.
O golpe prejudicou a saúde de maneira sistemática. Já aumentou os índices de mortalidade infantil e, agora, aumenta o número de mães mortas. O sucateamento da saúde visa levar a cabo o plano de privatização do sistema de saúde brasileiro. É preciso lutar contra o governo golpista que mata mulheres para garantir os lucros do setor privado. É preciso sair às ruas e lutar pela saúde pública integral e de qualidade, e pela liberdade de Lula.