Sadia-Perdigão manda trabalhadores ficarem em casa por seis meses

Com os negócios fracos devido ao golpe de estado, que desestabilizou a economia do País e causou retração no consumo, pau na cabeça do trabalhador, claro, pois a corda arrebenta do lado mais fraco. A indústria BRF, dona das conhecidas marcas de embutidos e aves congeladas Sadia e Perdigão, deu férias coletivas para seus trabalhadores da unidade de Chapecó (SC). Depois do mês de férias, os trabalhadores vão ficar em casa mais cinco meses recebendo 80% do salário pago pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Durante esses cinco meses de castigo, sistema chamado em inglês de “lay off” para dourar a pílula e driblar a insegurança das famílias dos trabalhadores, os 1.400 funcionários do frigorífico terão que se ocupar fazendo cursos profissionalizantes e acreditar que isso lhes garantirá emprego.

Os criadores de aves de Santa Catarina, fornecedores da agroindústria, também estão preocupados. Com os trabalhadores parados por meio ano, a unidade de Chapecó deixa de abater 220 mil frangos por dia.

Até hoje, uma medida como essa não tinha sido adotada, e por isso os avicultores estão preocupados sobre como se manter no campo durante todo esse tempo. A decisão da empresa impacta mais de 700 avicultores. Cada um deles vai receber da agroindústria, por dia, R$ 88 diários por aviário parado. Por mês, R$ 2.640 mil.

Segundo os sindicatos dos criadores de aves e dos trabalhadores nas indústrias de carne, a BRF só reabre em janeiro de 2019.
As mesmas medidas já haviam sido anunciadas para a unidade de Concórdia, também em Santa Catarina. Só lembrando:  o novo presidente da BRF chama-se Pedro Parente, aquele do caos na Petrobras. Ele é bom nisso.