Rui Costa Pimenta: “PCO tem dificuldades nas eleições, a burguesia tem o objetivo de limitar o quadro partidário”

Da redação – O companheiro Rui Costa Pimenta, Presidente Nacional do Partido da Causa Operária (PCO), participou hoje da “Análise Política” na TV 247.  O programa semanal é recorde de audiência nacional, fazendo parte do hábito dos espectadores da esquerda, e debateu detalhadamente diversos aspectos das eleições golpistas que acontecem em outubro no Brasil.

Sobre as candidaturas do PCO e o caráter ditatorial do TSE, Rui deixou claro que é visível os interesses do regime de eliminar o quadro partidário com partidos pequenos. Eles querem forçar a saída desses partidos, chamados “ideológicos”, pois a situação é cada vez mais crítica e os partidos que falam mais duro deixam ainda pior.

Explicou ainda que esse sistema mais parece um sistema bizantino: “de onde eles tiraram tanta regulamentação?”. E vem piorando consideravelmente nas últimas décadas. No momento em que o PCO foi legalizado o regime estava no ápice de sua abertura, 1995, após a Constituinte de 1988, cedendo direitos democráticos aos partidos, que definiam tudo pela força do povo, ainda não regulamentados por leis, havia autonomia democrática de falar e de organizar a sociedade.

Então, na virada do século, com a entrada no PT, surgiu – o que não é novidade – a campanha contra a corrupção, e a interferência nos partidos foi aumentando, com uma burocracia autoritária, criando um processo de exclusão. Hoje, só podemos filiar as pessoas duas vezes por ano, mesmo com um sistema amplo, automático, e o PCO filiando este ano mil pessoas, foi um trabalho imenso que esse aparato criou contra as organizações.

Eles controlam o funcionamento interno dos partidos, o que é anti-democrático, criando leis absurdas. A imprensa também esconde totalmente os partidos, o tempo de televisão diminuiu, campanhas de ruas sendo perseguidas como aconteceu com o PSOL no Rio de Janeiro, onde um policial retirou o material de campanha, armado, truculento, apenas pela candidata ter tirado uma selfie, o que levou o fascista a afirmar que estava fazendo campanha em local público.

Uma ditadura total. A pessoa olha de fora, não prestou contas, não tentou participar da eleição, pra ver como funciona essa máquina que estrangula os partidos. A eleição para ser democrática deveria ser assim: pode tudo. Não tem por que haver restrições de adesivos, de pintar muros, colar cartazes, ainda mais em locais públicos, que, neste caso deveriam ser públicos.