Rui Costa Pimenta na TV 247: “Virar esse país de cabeça para baixo”

Da redação – O companheiro Rui Costa Pimenta, Presidente Nacional do Partido da Causa Operária, participou esta tarde do programa Análise Política na TV 247,  assinalou que o processo de uma verdadeira “Internacional Golpista”,  levado à cabo pelos EUA nas Américas – pois são dezenas de golpes só no último século -, pode encontrar na resistência da classe operária brasileira uma ameaça muito grande ao seu domínio. Isso por conta do poder numérico, bem como, pela crise que o governo golpista passa, somado à ofensiva dos trabalhadores contra a prisão de Lula. O que pode colocar o imperialismo em xeque caso a população realmente invada Brasília no próximo dia 15 de agosto na oficialização da candidatura de Lula.

O atual processo de crise expressa contradições muito grandes dentro do bloco golpista, pois, nas eleições, a própria burguesia ainda não escolheu seu candidato que pode ser, desde o tucano golpista Geraldo Alckmin (PSDB), até  o fascista Jair Bolsonaro (PSL), mesmo não parecendo ser o preferido, ou qualquer outro que eles mesmos construam. No caso de Bolsonaro, que foi entrevistado ontem, 30, no programa da TV Cultura, Roda Viva, os entrevistadores da imprensa burguesa, Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo, tentaram ridicularizá-lo – mais do que ele já o faz sozinho -, trazendo apenas perguntas em forma de ataque político, das próprias pautas absurdas que o ex-militar defende. Essa entrevista foi bem diferente da realizada com o candidato tucano, uma semana antes, onde os jornalistas que sabatinaram o mesmo, trouxeram apenas questões de campanha eleitoral, muito mais simples e sem as polêmicas, por exemplo, do roubo da merenda, do “trensalão” do metrô e etc.

E é importante ver como o imperialismo manobra sua imprensa, tanto nos países explorados quanto em seus países, ainda mais, se compararmos como as últimas eleições na França onde o candidato Macron foi construído, vendido, sob um cenário de total crise e de ascensão da fascista Le Pen. Após o presidente desconhecido ser eleito, a burguesia buscou controlar o regime, porém, hoje é extremamente impopular e a candidata fascista aumentou sua popularidade. E isso, se somarmos às eleições entre Trump e Clinton, nos EUA, se expõe uma crise mundial do próprio imperialismo, dividido, grosso modo, entre o capitalismo industrial e capitalismo financeiro segundo seus interesses.

O companheiro analisou tais fatores da crise política mundial e assinalou, finalmente, que, no Brasil, a esquerda precisa tomar as rédeas da situação. A esquerda deve convocar grandes mobilizações, e, imediatamente, convocar todos para invadir Brasília no dia 15, virando o país de cabeça pra baixo.