Rui Costa Pimenta explica como a burguesia controla a informação para conduzir o voto.
“A medida que a eleição vai avançando as coisas vão ficando mais claras. A eleição tem mostrado até agora (coisa que a burguesia já sabia) que sem Lula na eleição a transferência de votos pra Haddad é parcial. Se Lula estivesse na eleição, estaria crescendo e seria necessário fazer muita maracutaia para derrotá-lo. Segundo alguns analistas o ritmo de crescimento de Haddad não é suficiente para ele recuperar todos os votos do Lula e ganhar a eleição. Eu acredito que o objetivo da burguesia é impedir que Haddad vá para o segundo turno.
Segundo: há uma campanha acirrada contra Bolsonaro para deslocar os votos do Bolsonaro, muito provavelmente para o Alckmin.
Terceiro: A burguesia tem dado muito destaque ao Ciro Gomes, para dividir os votos do PT. Então os votos dos candidatos secundários da direita seriam transferidos para o candidato preferencial. Aparentemente o Alckmin. Então o Alckmin iria para o segundo turno com o Bolsonaro para uma vitória certa, depois de toda essa campanha do “ele não” e de malhação do Bolsonaro a coisa estaria muito tranquila. A imprensa internacional fala que o Brasil vai para o abismo se o Bolsonaro se eleger.
O que fica claro é que a eleição é uma enorme manipulação, que a burguesia controla com extrema capacidade. Primeiro porque ela domina a informação de maneira profunda, sabe as tendências históricas de votos em todas as regiões. Ela tem os meios para influenciar tudo, inclusive as próprias pesquisas. Nós temos que entender que a pesquisa é um instrumento para influenciar as pessoas a votar em A, B ou C. Não reflete uma realidade, reflete uma política, o que é diferente. “