Ocorreu nessa segunda (dia 16), em Helsinque, a reunião entre os presidentes norte-americano Donald Trump e o russo, Vladimir Putin.
O encontro durou pouco mais de duas horas e a mídia tradicional registra que Trump teria considerado o encontro um “bom começo”, o que não quer dizer absolutamente nada.
Deve-se ressaltar, no entanto, que poucos dias antes da reunião, o Departamento de Estado Americano criticou a Rússia afirmando que haveria um “padrão” de “intimidação e violência” por parte dos russos contra seus críticos.
Essa é a terceira vez que os presidentes se encontram, mas as expectativas sobre este encontro eram maiores porque desde que Trump assumiu um tom mais elevado contra os russos, expressando a pressão interna de certos setores do imperialismo norte-americano.
Nessas condições, cresceu a tensão entre os dois países, em um quadro de intensificação da guerra comercial, aumento dos enfrentamentos contra o imperialismo norte-americano em regiões mais próximas da Rússia, como no caso da Síria e do Oriente Médio.
O agravamento da crise econômica, como parte da crise histórica do capitalismo, empurram no sentido de um enfrentamento crescente entre as potências imperialistas (como se viu na última reunião do G-7) e destes – em primeiro lugar, dos EUA – com os demais países.
Esta situação tende a se agravar, isto é, levar a um aumento da pressão dos governos imperialistas sobre os países atrasados, por um lado, ao mesmo tempo em que tende a levar a uma reação das massas dos países oprimidos contra a dominação imperialista. A crise, portanto, aponta no sentido de um acirramento da luta de classes em escala mundial.
Nessas condições, as conversas de Donald Trump com Putin receberam pesadas críticas de jornais norte-americanos, ligado às alas mais poderosas do imperialismo que, desde as últimas eleições, estiveram na oposição ao presidente e apoiaram a candidata dos banqueiros e grandes conglomerados militares, Hillary Clinto, os quais estampam diariamente manchetes contra a Rússia, indicando as enormes contradições internas no país, também que diz respeito à política externa.
Essa contradição deve ser explorada ao máximo para ampliar a fissura no imperialismo.