Resultado do golpe: candidatos militares de direita invadem as eleições

Da redação – As eleições de 2018 terão uma alta em 92% de elegíveis militares em relação à eleição pré-golpe de 2014. Pelo menos 25 militares, da ativa ou da reserva, que vão concorrer a presidente, vice-presidente, governador ou vice-governador, ante 13 nomes na eleição passada. Em 2010, os nomes militares nas eleições eram apenas sete.

Esse aumento tem sido noticiado pela imprensa golpista como decorrente da “descrença por meio da população em ‘políticos de carreira’”. A informação é falsa e segue a mesma linha argumentativa utilizada para justificar a intervenção militar no Rio de Janeiro: “a população quer os militares para salvaguardar a segurança e a moralidade”. O discurso moralista é apenas uma falácia cínica da imprensa burguesa para justificar o plano real de garantir uma saída “legalista” para uma possível intervenção militar em um Brasil polarizado.  A presença ostensiva de Sérgio Etchegoyen como um dos “principais conselheiros políticos de Michel Temer” deixa claro o real teor do plano de dominação das forças armadas no campo das eleições. É preciso intensificar a mobilização popular pela liberdade de Lula e levar a palavra de ordem: “não à intervenção militar no Brasil”.