Repressão em São Gonçalo: mais uma operação militar no RJ contra o povo

Da redação – A intervenção militar no Rio de Janeiro (RJ) volta a realizar suas operações criminosas na manhã desta segunda-feira, dia 16, desta vez na comunidade de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. Foram disponibilizados 4,3 mil militares das Forças Armadas, 120 policiais militares e 80 policiais civis, e o grupo está concentrado em Jardim Catarina e Complexo do Salgueiro. A operação é a segunda realizada pelos golpistas em quatro dias na região.

Este diário vem denunciando sistematicamente que essas operações fascistas são contra o povo, para treinar o exército caso a população se revolte contra o golpe e seja preciso um golpe militar. A prova desta afirmação é numérica, chegando ao aumento de 34% de pessoas mortas pela polícia desde o início da intervenção militar no Rio, totalizando 444 execuções de civis, e dentre eles, o último caso brutal, o assassinato de um jovem de 14 anos em horário escolar com a roupa da escola e dentro da escola.
Vale aqui relembrar as palavras que o menino Marcos Vinícius da Silva, de 14 anos de idade, pronunciou antes de falecer: “Mãe, tomei um tiro. Eu sei quem atirou em mim, eu vi. Foi o blindado”.  

Segundo o cinismo do Comando Conjunto, a Polícia Civil, como sempre é dito e nunca cumprido, levará mandados judiciais, “respeitando as restrições à inviolabilidade do lar”. Mesmo antes da intervenção militar, os militares e policiais invadiram casas de pessoas, dando ordens de saída, ameaçando com seus fuzis, para fazer suas “tocaias”. Há diversas denúncias de moradores agredidos, pois se opuseram à ação abertamente fascista e sem mandado algum.

A violência só aumentou com a intervenção contra o povo e suas organizações que se mobilizam para derrotar o golpe.