Relato dos sem terra sobre ataques ao acampamento Hugo Chávez

No dia 28 de Julho o acampamento Hugo Chávez em Marabá (PA) sofreu um violento ataque da direita; de pistoleiros a mando de latifundiário. Os companheiros do acampamento Hugo Chávez, que integram o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e que participaram da marcha Lula Livre, revelaram ao jornal Brasil de Fato a violência que sofreram.

Segundo um dos acampados, que revelou ao referido jornal: “Estávamos todos animados. Quando deu uma e meia [da madrugada] pistoleiros junto com a Deca [Delegacia de Conflitos Agrários], começaram a atirar, mandando sair de dentro das barracas. Eu sai de dentro da barraca e voltei para pegar meus documentos e eles não deixaram. A gente começou a sair e eles dividiram homens, mulheres e crianças”.

Outro acampado contou que: “Crianças, idosos, mulheres e homens tiveram que sair em fila com as mãos na cabeça. Essa noite, as famílias não dormiram, muitas crianças ficaram em pânico e não conseguiram dormir com medo de eles voltarem”.

Uma parte dos acampados refugiou-se em um acampamento vizinho. Os que não saíram assim como os que se acomodaram no acampamento vizinho, continuam sendo ameaçados,  vigiados e perseguidos. A área onde está localizado o acampamento é reivindicada por uma latifundiário de nome Rafael Saldanha, uma espécie de coronel, cuja família está envolvida em diversos crimes como  exploração de trabalho escravo, entre outros. Esse latifundiário, inimigo do povo, fraudou documentos para reivindicar a terra para si.

A própria polícia, como era de se esperar, protege  e da cobertura a ação criminosa do latifundiários e de seus jagunços. O golpe de Estado sem dúvida incita os latifundiários, essa escória direitista, a ação violenta contra os movimentos sociais, é necessário que o povo se organize, em comitês de auto-defesa, para responder a altura violência da direita.