“Reforma Trabalhista” dos golpistas reduz o número de convenções coletivas nos sindicatos

Da redação – Um dos principais ataques promovidos pelo Golpe de Estado até o presente momento, foi a destruição da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) realizada a partir da chamada “reforma trabalhista”. O governo golpista de Michel Temer atacou todos os direitos mais fundamentais da classe trabalhadora e deixou os trabalhadores desprotegidos nas mãos dos interesses econômicos dos patrões. Por outro lado, a reforma também atacou diretamente as organizações sindicais que são a principal ferramenta dos trabalhadores na luta por condições dignas de trabalho.

Prova disso é recuo cada vez mais crescente no número de convenções coletivas realizadas pelos sindicatos no brasil desde o início do Golpe. No primeiro semestre de 2018 a quantidade de convenções coletivas diminuiu 45,2% quando comparado com o mesmo período do ano passado, sendo que em 2017 já havia ocorrido um recuo de 34%. O levantamento foi realizado pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (FIPE), e demonstra o tamanho do ataque dos golpistas à classe operária brasileira. Segundo um dos coordenadores do levantamento, Helio Zylberstajn, “Alguns sindicatos patronais estão querendo tirar conquistas obtidas anteriormente. Isso deixa tudo mais difícil e, por isso, a quantidade de negociações concluídas está caindo”.

A diminuição das convenções e do poder dos sindicatos é um resultado direto do Golpe de estado e do avanço da política neoliberal levada adiante pelo governo golpista de Temer. Sem as convenções, uma série de reivindicações dos trabalhadores deixam de ser discutidas coletivamente e os trabalhadores ficam nas mãos dos patrões. Vale ressaltar que é no segundo semestre que ocorrem as convenções de categorias operárias importantes, como bancários e metalúrgicos, e já podemos prever que elas terão dificuldades para ocorrerem.

Com o avanço da reforma trabalhista e do golpe de estado, não apenas caiu o número de convenções, mas também o numero de acordos, dado a perda de poder das organizações sindicais. A luta por melhores condições de trabalho no Brasil, nesse momento, é fundamentalmente a luta contra o Golpe de Estado e contra os golpistas, é a luta pela derrubada do governo ilegal e ilegítimo de Michel Temer, é a luta por um governo dos trabalhadores.