Quem não conhece, não compra, quem conhece não quer nem de graça: Alckmin não decola de jeito nenhum nas pesquisas

As últimas pesquisas de intenção de voto para presidente, feitas pelos institutos “oficiais” dos golpistas, Datafolha e Ibope, reforçaram as nuvens sombrias que pairam sobre a candidatura dos “donos do golpe”, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin.

Candidato pelo PSDB, o partido linha de frente do golpe de Estado no Brasil – quem não lembra de Aécio Neves vaticinando a queda de Dilma logo após as eleições de 2014? – Alckmin vive o “inferno astral” compartilhado, também, por todos os expoentes patrocinadores do golpe de Estado no Brasil.

Como sistematicamente tem sido apregoado pela venal Globo, o sonho de consumo para o golpe seria a “polarização” política nas eleições expressas a partir de duas candidaturas, que respaldem o novo regime político que a direita golpista quer estabelecer após as eleições. Pela “centro-direita”, se apresentaria Geraldo Alckmin e pela “centro-esquerda”, o cordeiro e abutre, Ciro Gomes. Parece contraditória a classificação zoológica, mas é cordeiro na sua relação com o golpe e os golpistas e abutre, quando se trata da sua relação com o PT e Lula.

O impasse para a burguesia golpista reside justamente no fato de que o golpe de Estado está fazendo água tanto do ponto de vista econômico, como do ponto de vista político e a crise que resulta da junção desses dois fatores vai no sentido contrário às pretensões eleitorais do imperialismo e seus associados, como o grande monopólio de comunicação representado pela Organizações Globo.

Se por um lado o apoio à candidatura Lula só aumenta mesmo depois de três meses de banimento político do ex-presidente, por outro lado, as candidaturas oficiais dos golpistas vão no sentido justamente oposto.

No interior do PSDB já são visíveis os sinais de fissura da candidatura Alckmin, inclusive com a sombra da sua substituição pela do ex-prefeito de São Paulo, o direitista João Dória. O DEM, por sua vez, também está dividido com relação a quem apoiar, tendo setores que já apoiam abertamente a candidatura do cordeiro Ciro Gomes. Já o MDB, o partido do presidente golpista, está tal e qual seu maior representante, no negativo.

A decomposição do regime político abre uma perspectiva de grande envergadura para uma intervenção da esquerda que luta contra o golpe no sentido de fazer avançar cada vez mais a mobilização em torno da liberdade de Lula e de sua candidatura como a única expressão real para pôr abaixo todo o regime golpista.