Quatro dias após denunciar PM, vereadora do PSOL é morta a tiros no RJ

Acaba de sair a notícia de que a vereadora do PSOL no Rio de Janeiro, Marielle Franco, foi executada a tiros na noite dessa quarta-feira, 14. O crime aconteceu no bairro do Estácio.

Segundo informações, um carro emparelhou com o automóvel que trazia a vereadora e o motorista e efetuou os disparos. O motorista também foi baleado e morreu. As primeiras informações eram a de que a vereadora havia reagido a um assalto, mas a versão mais provável agora é de execução.

No final do mês passado, Marielle se tornou relatora da Comissão que irá acompanhar a intervenção federal no Rio de Janeiro.

Mas o mais significativo é que Marielle havia denunciado quatro dias atrás o 41º Batalhão da PM de Acari como o “Batalhão da morte” e denunciou, no dia 13, a morte de um jovem que segundo ela escreveu no Twitter “um homicídio que pode estar entrando para a conta da PM”.

É uma “estranha coincidência” a vereadora denunciar a violência policial e ser vítima de um atentado. O caso marca um fato importante: o golpe de Estado, a presença cada vez maior dos militares com a intervenção impulsionam a extrema-direita, o que resulta na agressão à esquerda. É preciso reagir à altura, organizar comitês de autodefesa e denunciar o golpe.

Caso Marielle: um crime com aparência de execução policial