Perseguição política: professores da Unimep são demitidos por fazer greve

Da redação – A Associação dos Docentes da Universidade Metodista de Piracicaba (Adunimep) e o Sindicato dos Professores da instituição (Sinpro) convocaram nova assembleia hoje após demissões arbitrárias de pelo menos 25 professores neste fim de semana. A Adunimep afirma que houveram novos atrasos no pagamento de salários e direitos trabalhistas no início do mês, uma situação que vem se generalizando após os golpistas destruírem a CLT em um dos maiores ataques aos trabalhadores na história do país.

Na pauta da assembleia, está a discussão dessas medidas após as demissões e a falta de cumprimento dos acordos.

Segundo nota oficial da associação, ainda não há informações sobre o número total de demitidos, porém, a perseguição é notória, já que os 25 mandados para a rua, estavam na última greve. As demissões estariam ocorrendo desde sábado, dia 7, onde, entre os dispensados estão dois representantes da Adunimep e integrantes da diretoria executiva da associação. O presidente, Milton Souto, um dos demitidos no sábado, afirmou que as demissões não são legais: “O TAC [Termo de Ajustamento de Conduta] que nós estamos negociando, que inclusive o prazo acaba hoje [terça-feira], eu sou um dos negociadores. Eu estou representando a Adunimep […] Eu ainda ia dar a segunda prova, então é um desrespeito total”. Souto destacou que o fato das demissões terem acontecido no fim do semestre letivo  prejudica os alunos. 

A situação de perseguição contra os grevistas vem aumentando em todo país após o golpe, onde, os representantes em Brasília estão tentando caçar o direito à greve e nas instituições públicas e particulares isso vem se desenvolvendo mesmo sem modificação legal. Neste caso, também não houve pagamento de salários e direitos trabalhistas no quinto dia útil deste mês, descumprindo o acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT).