Primeiro prazo golpista para Lula defender sua candidatura é 30 de agosto

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) intimou na última quinta-feira (23) a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para apresentar defesa em face dos 16 pedidos golpistas de impugnação de sua candidatura à Justiça Eleitoral, no prazo de 7 dias, ou seja, até o dia 30 de agosto.

No último dia 15 o PT protocolou no TSE o registro da candidatura de Lula para a Presidência da República. A mera formalidade foi marcada por um grande ato com dezenas de milhares de pessoas na porta do Tribunal em Brasília.

Lula está preso politicamente, sem trânsito em julgado, sem crime, sem prova, sem nada, há 140 dias na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, capital paranaense.

O julgamento da candidatura de Lula encontra-se sob a relatoria de Luiz Roberto Barroso e será feito pelo plenário composto pelos sete ministros do TSE. No caso de mais uma possível condenação golpista, Lula poderá recorrer aos 11 ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

Os golpistas correm contra o tempo. O prazo golpista fatal criado especificamente para tentar forçar o PT a substituir o nome de Lula por um “plano B” será em 17 de setembro.

Lula já deu sinais de não estar disposto a abrir mão de sua candidatura, com declarações de que é “candidatíssimo” e que levará sua candidatura “até às últimas consequências”.

Certamente a burguesia golpista já tem um plano em andamento para não deixar o nome e a foto de Lula, líder absoluto em todas as pesquisas, estarem nas urnas no primeiro turno das eleições, em 7 de outubro e não é demais imaginar que já haja até uma sentença de inelegibilidade pronta, feita pelos golpistas para tirar Lula das eleições.

A situação política está absolutamente em aberto e tudo vai depender de como se dará a luta em torno de sua candidatura. Os golpistas devem estar cientes de que qualquer tentativa de deixar Lula de fora do pleito eleitoral custará caro e levará o Brasil a um aprofundamento da crise ainda difícil de dimensionar.

Os movimentos operário e popular planejam novamente um mega ato em Brasília para o dia do julgamento da candidatura de Lula, onde marcarão posição de que não vão aceitar mais este golpe que significa Lula fora das eleições.