Prefeitura de Maceió agenda arrastão contra trabalhadores ambulantes

A prefeitura de Maceió-AL  anunciou que promoverá, no dia 16/07, um “arrastão” em uma das principais vias do comércio popular no centro da cidade. Os vendedores que não estiverem cadastrados na prefeitura, ou os que, mesmo estando em dia com à burocracia, montarem suas barracas em local indevido, terão suas mercadorias apreendidas.

Como em outras prefeituras, inclusive a de São Paulo e a do Rio de Janeiro, as medidas contrárias aos ambulantes ocorrem no auge da pior crise de desemprego da história recente do país. O sinal enviado pelos municípios é que, mesmo ante a iminência de suas falências fiscais, a repressão contra o pobre segue como prioridade absoluta.

No geral, o “rapa” das cidades toma dos trabalhadores de forma absolutamente ilegal, sem lavrar auto de apreensão, em ações que configuram verdadeiros furtos.

A  Secretaria Municipal de Segurança Comunitária e Convívio Social, responsável pela ação, é chefiada por Ivon Berto, um coronel da Polícia Militar de Alagoas que já foi alvo de denúncias por ingerência e preso administrativa, em 2013, por indisciplina militar.

A prefeitura prometeu a entrega de um camelódromo – chamado de “shopping aberto” – que terá capacidade para abrigar 300 barracas. Até que isso ocorra, se é que ocorrerá, os cidadãos que quiserem vender produtos para sobreviver terão que se adequar aos mandos da prefeitura, ou correr o risco de perder o pouco que tem.