Porão do Dops impedido de participar do Carnaval já estava com medo do povo na rua

O Tribunal de Justiça do Estado de SP (TJ-SP) que já havia determinado a proibição da “apologia ao crime de tortura” ou quaisquer outros ilícitos penais, sejam estas pela via das redes sociais ou desfile em local público ao bloco “Porão do DOPS”, aceitou também liminar do Ministério Público, que determinou a proibição da saída do bloco de direita às ruas.

Segundo o direitista Edson Salomão, um dos organizadores do bloco, respondendo à determinação, disse: “Estamos vivendo em uma ditadura? jamais aceitaremos que o Brasil vire uma Venezuela! Iremos à batalha pela nossa liberdade de expressão! Nunca fizemos apologia ao crime de tortura! Pedimos, desde o início, que fosse feita uma revisão da história do governo dos militares (1964-1985), e as esquerdas do Brasil se mobilizaram contra nós”.

O “bloco carnavalesco” de propaganda do DOPS (Delegacia de Ordem Política e Social) que foi um órgão do governo brasileiro utilizado principalmente durante o Estado Novo e mais tarde na ditadura militar, sendo responsável pela tortura e morte de milhares de pessoas. Estava a realizar em suas páginas sociais convocação dos brasileiros “anticomunistas” para  evento através do  Facebook, prometendo opressão, caça aos comunistas e ao contrário do que expôs Salomão, marchinhas de apologia à tortura eram cantadas. Mostrando toda sua ideologia neonazista e de extrema direita.

Em que pese à justiça(braço do Estado capitalista) ter determinado a proibição e ser um ataque à liberdade de expressão, a pressão já era enorme, contra o grupo fascista, inúmeras instituições como os grupos Tortura Nunca Mais, sindicatos, inúmeros grupos independentes, criados e expostos na internet, sindicatos e blocos carnavalescos já estavam se mobilizando para sair e enfrentar na rua os defensores da ditadura militar e da tortura.

O apavoramento do  grupo foi tão grande que o mesmo apagou suas páginas no facebook, que eram usadas para organizar o movimento em razão de grande repúdio postado nestas redes. Além disso, Edson Salomão que convocou seguidores para ir à Praça da Sé no próximo dia 15, se manifestarem  contra a decisão do Tribunal de Justiça e Ministério Público e após mais de uma hora, apenas uma pessoa havia confirmado a presença.

É esta a resposta que o povo deve dar aos inimigos da classe trabalhadora a força da rua, não exigir nada da justiça capitalista, no que se refere à censura, mas através da força de suas mobilizações, mostrar aos golpistas, que eles não passarão.