Por que não se deve contrariar o povo: desembargadores do TRF4 dizem estarem sendo “ameaçados”

Depois de marcar a audiência de julgamento em segunda instância de Lula em tempo recorde, furando a fila de processos que deveriam precedê-lo na pauta e evidenciando a perseguição contra o líder absoluto nas pesquisas para o Planalto em 2019, o presidente do Tribunal Regional Federal da 4º Região (TRF4), desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, convocou reunião para esta segunda-feira (15), às 10h, com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármem Lúcia, para discutir o esquema de segurança em relação ao julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marcado para o dia 24 de janeiro, na cidade de Porto Alegre.  O encontro acontecerá no gabinete da ministra em Brasília.

No último sábado, dia 13, os desembargadores informaram que estão sofrendo “ameaças” por telefone, carta e pelas redes sociais. A Polícia Federal informou que está investigando o caso, mas não deu maiores informações. Em função do acúmulo de cargos que o presidente do STF faz em relação a presidência do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Carmem Lúcia também é responsável pelo departamento que trata exclusivamente da segurança de juízes e desembargadores.

Trata-se de um medo de toda a burguesia. A candidatura de Lula não é apenas mais uma candidatura de esquerda, mas sim, a única capaz de derrotar a direita nas eleições de 2018. O futuro do golpe depende de sua institucionalização, ou seja, dar uma aparência de legitimidade para o governo golpista, coisa que até agora, quase dois anos depois do golpe, ainda não conseguiram fazer, e as eleições seriam uma grande oportunidade para esse objetivo.

Qualquer pleito sem o maior líder popular da América-latina representará a mais absoluta e completa fraude eleitoral.

O grande medo dos desembargadores gira em torno de até onde vai a paciência do povo, que viu o País sofrer um golpe de Estado, sucedido por medidas completamente impopulares, que afetarão sobretudo a camada mais pobre da população, e que agora veem que seu principal candidato pode não disputar a corrida presidencial deste ano. O grande medo dos desembargadores é que o povo perca a esportiva.

As organizações representantes dos movimentos operários preparam um poderoso ato em defesa de Lula para a data do julgamento em frente ao Tribunal Regional Federal da 4º Região, na cidade de Porto Alegre. Nesse sentido, o PCO – Partido da Causa Operária – convoca a todos para não apenas irem pessoalmente ao mega ato defender esta causa de importância sem precedentes, como também mobilizar o máximo de pessoas possível.

Nesse sentido, também, o PCO está fazendo uma grande campanha financeira para levar dezenas de ônibus para a Capital gaúcha. Precisamos que o ato reúna o máximo de pessoas possível, e sem dúvida Porto Alegre terá, no dia 24 de janeiro, a maior manifestação que aquela cidade já viu.

Contribua para a vaquinha das caravanas do PCO em defesa de Lula!