Na última semana, mais um retrocesso na educação pode ser visto em São Paulo. Desta vez os cortes serão na implementação de novas universidades no estado, como é o caso de Catanduva.
Em uma visita técnica, realizada pelo governador Márcio França, neste último final de semana, a uma creche da cidade, que entrou em funcionamento neste ano, o chefe do legislativo informou que o projeto de implementação de uma unidade da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que estava programada para 2018, não entrará em vigor. Como explicação, salienta as dificuldades econômicas que o país vem enfrentando nos últimos tempos.
Os recursos destinados para as instituições de ensino superior são oriundos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. Do total arrecadado, 9% é enviado para universidades como a Unesp, USP e Unicamp. França afirma que com a queda nas vendas, consequentemente a arrecadação é menor. Já as despesas dos centros educacionais são cada vez maiores.
A solução do governo tucano para a crescente demanda de jovens que buscam a graduação foi a criação da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP), em 2012. É sabido, porém, que a modalidade de ensino à distância se encontra muito aquém do esperado no que compete a qualidade e que tal medida não pode substituir o ingresso de estudantes aos centros de ensino com aulas presenciais. É importante lembrar também que a modalidade de ensino ofertada pela UNIVESP compete uma gama menor de cursos, uma vez que alguns não podem ser ofertados de forma online.
Com o aprofundamento do golpe, a política dos golpistas é de redução total em gastos com a população. Nesse sentido, aumenta o número de jovens que não conseguem acessar a graduação, uma vez que as unidades de ensino não crescem na proporção necessária. Lutar contra o golpe é também necessário para que as universidades públicas não sejam privatizadas, pois, com mais esse projeto da direita, a quantidade de jovens que não conseguirão se formar será ainda maior.