Política golpista vai acabar com a pós-graduação no Brasil

Da redação – Em nota pública pelo conselho superior da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), nesta quinta-feira, 2, mais uma vez de forma truculenta vem o informe do governo golpista sobre uma série de “prejuízos” à pesquisa brasileira caso a “proposta orçamentária” empurrada pelos golpistas ao órgão para 2019 seja mantida.

A Capes é uma Agência Governamental do Ministério da Educação que já existe há 62 anos, mantendo um trabalho de capacitação do pessoal de nível superior para o ensino, e o seu desempenho é considerado excelente, como executora das políticas de capacitação do governo federal, criando possibilidades de programas alternativos como o Pibid (Política Nacional de Formação de Professores do Ministério da Educação) com suporte de bolsas para diversas áreas de formação do conhecimento científico nas universidades públicas.

A ação é mais um reflexo do golpe de estado sobre a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), que vem se acumulando desde que, por exemplo, decidiu reduzir drasticamente o financiamento da formação de professores no Brasil, cancelando mais de 50% das bolsas destinadas a alunos de cursos de licenciatura que atuavam no desenvolvimento de projetos inovadores em escolas públicas (como o Pibid) e que tem promovido uma melhora significativa na formação dos alunos da Educação Básica.

O que deve ser ressaltado aqui, é o fato de o professor Abílio Afonso Baeta Neves, foi recolocado à frente da agência logo após o golpe, em 7 de julho. Neves presidiu a mesma de 1995 a 2003 no governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso. Logo, não é de se espantar que esses inimigos da educação pública estão destruindo todo o âmbito público, privatizando diversas áreas e entregando o patrimônio nacional.

A destruição cinicamente anunciada pelo presidente golpista da agência, listada e endereçada ao ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva – como se não estivessem em conluio por baixo dos panos -, está a suspensão do pagamento de todos os bolsistas do mestrado, doutorado e pós-doutorado a partir de agosto de 2019. O ataque golpista irá deixar sem suporte algum para sua formação, o incrível número de 93 mil discentes, que, no Brasil dos escravocratas golpistas, tem que trabalhar, estudar e ainda agradecer calados.

Os trabalhadores não podem aceitar a destruição total da educação pública, da base ao nível superior. A saída é organizar a derrubada do golpe nas ruas, não é possível acreditar que esses direitas que passam por cima da educação do povo irão recuar por pressões institucionais.

Todos à Brasília dia 15 de agosto para derrotar o golpe!