Policial agride trabalhador e diz que foi vítima de racismo… PM nunca é vítima

A Polícia Militar é a detentora do uso da força de repressão do Estado, dentre outras organizações de repressão, como a Polícia Civil, a federal, etc. Em suas atividades, age com brutalidade em regra, não é exceção a violência policial.

Em uma de suas abordagens, no dia 24 do mês passado, em Buritizal (SP) um policial, a pretexto de perseguir uma pessoa acusada de lesão corporal, prendeu um pedreiro, que, segundo a matéria teria “ameaçado de morte” um dos policiais na ação.

Além disso, segundo relatam os PMs, durante a abordagem o pedreiro teria sido racista com um dos policiais, supostamente teria proferido ofensas raciais contra o PM.

Apesar da confusão da história, em primeiro lugar, é impossível ameaçar um PM de morte durante uma abordagem em que ele, PM, é quem está armado. O ameaçado de morte, em casos como este, é quem está sendo abordado pela polícia. Esse é quem corre risco de vida.

Por outro lado, cabe ressaltar que a lei sobre que define penas para o racismo pretende, em tese, defender o oprimido, não o opressor, nesse caso, a PM, que é quem tem a autoridade oficial para reprimir qualquer pessoa. A PM não pode ser “vítima”, em hipótese alguma imaginável.

Resta dizer que a lei (sempre a lei) está do lado do racista, dos órgãos de repressão e que mesmo que apresentem “boas” justificativas, acabam sendo aplicadas pelos mesmos que defendem que o negro seja oprimido de todas as formas possíveis.