Polícia prende militantes anti-golpistas em Porto Alegre

Um grupo de 25 militantes políticos do grupo Levante Popular da Juventude que protestava contra a condenação do ex-presidente Lula, em Porto Alegre (RS), além de uma pessoa que apenas tirava fotos da detenção foi preso pela Brigada Militar, na noite da última quarta-feira (24) e ficaram sob custódia por mais de 20 horas na capital gaúcha, sob a alegação de ter ateado fogo a pneus em pontos da região central da cidade. Os jovens militantes foram acusados de formação de quadrilha e incêndio criminoso pela polícia.

Os militantes denunciaram que uma série de direitos preconizados na Constituição Federal foram ignorados durante a condução e custódia dos militantes. De acordo com a Brigada Militar, eles foram autuados pelos crimes de associação criminosa e incêndio.

Na madrugada do dia 25, dez pessoas foram soltas, mas os demais receberam ordens de serem transferidos, sendo 13 mulheres que foram encaminhadas para o Presídio Estadual Feminino Madre Pelletier e três homens foram levados para o Presídio Central de Porto Alegre. Apenas na tarde, do dia 25, os demais integrantes sob custódia, foram liberados pelo juiz Volnei dos Santos Coelho que expediu o alvará de soltura.

O golpe de Estado que levantou a cabeça dos fascistas e permite todos os ataques aos trabalhadores e lutadores da cidade e do campo, agora está mais forte com a condenação de Luis Inácio lula da Silva. As ações conjuntas entre empresários, latifundiários, justiça, imprensa capitalista e policia contra a população, principalmente contra as lideranças aumentarão virtiginosamente, com a utilização de acusações infundadas e sem provas.

É preciso denunciar para toda a população essa situação e a imposição de um Estado de exceção contra os trabalhadores, ampliando a luta dos trabalhadores contra o golpe, com a organização de comitês populares contra o golpe em todo país.