Polícia encobre fascismo: delegado é afastado por dizer que atiraram para matar em caravana de Lula

Os sequentes ataques da direita contra a caravana de Lula na região Sul do País denotam as orientações práticas do fascismo nesses atentados. Como o fascismo é um recurso do imperialismo para o mundo atual, ele encontra seus seguidores mais agudos nos órgãos de repressão policial. No Brasil, isso é demonstrado nas forças opressivas e militares do Estado pela polícia e do exército.

Quaisquer formas de dissidência das práticas fascistas são severamente perseguidas e punidas pela repressão. Desde o militante de um movimento social que é chicoteado por “um capitão do mato” dos latifundiários até mesmo um delegado, como é o caso, que ouse a dizer algo que os fascistas não esperam dele. Um verdadeiro estado de excessão.

O delegado da Polícia Civil do Paraná Winkinson Fabiano Oliveira de Arruda, que atendeu o caso do ataque com tiros contra a caravana de Lula, foi afastado por seus superiores do inquérito que investiga o atentado. Contudo, Arruda na última terça-feira para o “Estado de S.Paulo”, órgão de imprensa norte-americana no Brasil, afirmou que a caravana foi alvejada por balas.

É notório que o delegado afastado, do ponto de vista dos fascistas, “falou mais do que devia”. A imprensa vem fazendo um trabalho articulado para uma omissão sistemática dos atentados contra a caravana de Lula, e no caso, aparece um delegado falando que dispararam tiros, a reação da direita fascista foi afastá-lo das investigações.

Se a reação dos trabalhadores à direita não for à altura, esses ataques tendem a fazer cada vez mais vítimas. Mataram a vereadora Marielle com balas da Polícia Federal; reprimem a caravana de Lula e o próximo passo será atacar de conjunto a esquerda com a prisão de Lula.

Impedir a prisão de Lula no próximo 4 de abril e responder a direita fascista na bala é, no mínimo, um direito de auto-defesa que a esquerda deve se propor para esse período.