Polícia encobre atentado fascista contra caravana de Lula: PRF não “viu nada”, segundo relatório

Na última terça (27), dois ônibus da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram alvejados. Um dos veículos levava convidados e outro transportava jornalistas do Brasil e do exterior.

Está muito claro que esse é mais um episódio que demonstra que a extrema direita está levantando a cabeça e que seus cães raivosos estão dispostos não apenas a ladrar, mas também a partir para toda forma de agressão.

O caso também serve para deixar claro que os fascistas agem com total apoio do aparato repressor do Estado. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) cinicamente afirma que seus agentes não perceberam “nada de anormal” no trajeto entre os municípios de Queda do Iguaçu, no oeste do Paraná, e Laranjeiras do Sul, na região central do estado, onde a caravana foi atacada.

O relatório da PRF também diz que, apesar de os policiais terem permanecido a cerca de 200 metros durante o trajeto, eles não avaliaram que a parada do ônibus tivesse sido causada por um motivo relevante.

O cinismo da PRF não é nada surpreendente, afinal vivemos em uma ditadura escancarada. Provavelmente, nem mesmo se tivessem atirado contra o ônibus onde Lula estava, nem mesmo se ele tivesse morrido, os policiais teriam considerado que havia “algo de anormal” ou que a parada havia sido causada por “motivo relevante”.

Trata-se de uma demonstração clara da loucura que é manter ilusões em relação ao Estado golpista e da insanidade que é exigir que a ditadura puna os culpados por crimes autorizados por ela mesma.

É preciso, urgentemente, construir comitês de luta contra o golpe e de autodefesa do movimento operário e popular e lutar o fim desse regime ditatorial.