Plano B é fraude: Lula esmaga Bolsonaro, Ciro empate e pode perder

Um setor da esquerda pequeno-burguesa ainda insiste em martelar falácias e refratar a luz da situação política, querem por todos os meios tentar convencer outros setores da esquerda de que Ciro Gomes, o aliado da FIESP, e apadrinhado de Tasso Jereissati, seria o caminho para derrubar a direita.

Nesta semana, Miguel do Rosário publicou no O Cafezinho, uma matéria que faz prova de um sofismo argumentativo enorme. Ele tenta explicar que a candidatura de Lula – aquela que tem 39% dos votos, segundo a própria imprensa golpista – seria uma opção arriscada, pois segundo dados do Datafolha, Lula não é um cenário popular em certos setores da classe média, e seu eleitorado é composto pela parcela da população brasileira que recebe menos de dois salários mínimos, parcela que, supostamente, está mais sujeita a não votar nas eleições. Já a candidatura de Ciro Gomes – aquela que nem se somada a outras candidaturas consegue derrotar a de Lula – seria uma melhor opção, já que ele conseguiria bater de frente com Bolsonaro nos votos daqueles que recebem mais de cinco salários mínimos e têm meios para financiar as campanhas, e, segundo Miguel, seriam proporcionalmente mais presentes nas urnas.

Também foi escrito que Lula teria uma desvantagem alta na hora dos debates por conta da sua condenação em segunda instancia, e isso seria muito explorado pelos seus inimigos, e para contornar isso, teria que bater na justiça, justiça essa que pode cassar sua candidatura. Esta linha de raciocínio, além de querer justificar uma aliança com o candidato que faz coro com a direita, como muitas vezes demostrado aqui, também mostra uma total confusão política, pondo suas esperanças numa parcela minoritária da população. A maior parte da população brasileira está voltando para a miséria e sabe a diferença que o governo Lula, mesmo que com suas tímidas reformas, proporcionou a ela, e por isso está pronta a defender Lula com unhas e dentes, isso é visível em todas as pesquisas, mesmo as da imprensa golpista.

Não podemos cogitar eleições sem Lula, estaríamos baixando a cabeça diante uma perseguição política, e ao maior líder do Brasil, aquele que tem mais recursos para se defender dentre a esquerda.