Perseguição política: juristas denunciam irregularidades no julgamento de Lula

Dez advogados e juristas europeus elaboraram uma carta demonstrando preocupação com as arbitrariedades do processo contra o ex-presidente Lula, o documento será enviado ao Supremo Tribunal Federal em Brasília, ao presidente francês, Emanuel Macron, ao presidente espanhol, Pedro Sanchez e ao primeiro-ministro de Portugal, Antonio Costa. A inciativa partiu do advogado francês William Bourdon, presidente e fundador de uma associação de proteção e defesa de vítimas de crimes econômicos, Sherpa. Assinam a carta também o presidente da Fundação Sul Argentina, Emílio Garcia, o presidente da Liga de Direitos Humanos (LDH), Henri Leclerc.

Na carta, os juristas e advogados denunciam as ações arbitrárias da justiça brasileira contra Lula, como a divulgação de uma conversa telefônica entre a presidenta Dilma e Lula, ocorrida de forma ilegal, o fato da justiça ter submetido os advogados do ex-presidente a escutas telefônicas, como uma maneira de dificultar as ações da defesa de Lula, além do caráter “precipitado, injusto e parcial do processo”.

A carta é mais uma manifestação de denúncia e repúdio à justiça golpista no Brasil e suas ações ilegais contra Lula. Nos últimos meses tem se ampliado o número de denúncias e manifestações internacionais contra o judiciário brasileiro e em defesa e apoio ao presidente Lula. Centrais sindicais estrangeiras, parlamentares, intelectuais e outras figuras importantes têm vindo à público manifestar solidariedade a Lula. Tais iniciativas são importantes, é fundamental, no entanto, fortalecer a mobilização popular em defesa de Lula e contra o golpe, a única arma que pode derrotar definitivamente a ações dos golpistas.