Pela formação de comitês de autodefesa dos trabalhadores contra os fascistas

Os ataques à caravana de Lula no sul do País mostraram de forma inequívoca a necessidade de os trabalhadores e a esquerda em geral se organizarem contra a direita, cuja violência é crescente.

Organizados pelos latifundiários e pelo próprio aparato repressivo, elementos de direita espancaram mulheres que se dirigiam aos atos de Lula, jogaram ovos e pedras, chegando a arrancar pedaço da orelha do ex-deputado Paulo Frateschi, chicotearam manifestantes e terminaram disparando tiros.

A direita evoluiu desde as primeiras manifestações pelo impeachment de Dilma para uma posição cada vez mais abertamente violenta. Isso porque o golpe não foi suficiente para garantir o poder para a direita.

Desde a derrubada de Dilma Rousseff, o país está cada vez mais polarizado e ameaçado de passar por uma grande convulsão social. Por isso a burguesia se encaminha cada vez mais para posições de tipo fascista, de intimidação física dos trabalhadores, na tentativa de garantir pela força seus objetivos.

Esse é o típico modo de atuação do fascismo. Não se trata de disputa ideológica, mas de intimidação por meio da força bruta.

Por isso, é importante que os trabalhadores, os movimentos populares e a esquerda de modo geral, não se deixem intimidar. E a única maneira de fazer isso é se organizando e constituindo comitês de autodefesa.

Ao mesmo tempo em que são violentos, os fascistas são também covardes, de modo que uma resistência organiada dos trabalhadores tem grande impacto no sentido de desorganizar as fileiras fascistas.