PE: terceiro lugar nas pesquisas, candidata do PCO é excluída de debate pela imprensa golpista

As eleições burguesas, por essa natureza de classe, são totalmente truculentas e antidemocráticas. Grandes exigências burocráticas, pouco tempo de eleição e exibição publicitárias, para os partidos opositores do regime, principalmente, e um elevado custo financeiro, são apenas algumas características de sua forma elitista.

Contudo, para conter a revolta das massas, a burguesia se esforça para atribuir algum ar de democracia para as eleições. Uma de suas mais centrais iniciativas é a disseminação de que o debate entre candidatos é livre e respeita todas as liberdades democráticas garantidas por lei.

Isso é mais um engano. Os debates eleitorais são em sua totalidade organizados e controlados pela burguesia por meio de seus tentáculos na imprensa corporativa. São impostos os conteúdos, temas, perguntas partidos e candidatos que os compõem; se as eleições fossem democráticas, todos os candidatos poderiam participar dos debates.

No entanto, mais um mito da burguesia para impedir a participação de candidaturas e partidos operários nos debates cai por terra. Para justificar essas ausências, era usada a desculpa de que se tratavam de campanhas que não tinham percentuais satisfatórios nas intenções de votos, que só era possível realizar os debates com um reduzido número de candidatos etc. Contudo, Ana Patrícia Alves candidata do PCO ao governo do Pernambuco, mesmo sendo a terceira colocada nas pesquisas nunca foi convidada até o momento para nenhum debate.

É claro que esses boicote ao PCO se trata pela política operária que divulga nacional e internacionalmente. Por seu desempenho nos últimos períodos da política nacional, que se pautou na denúncia e no golpe de Estado sofridos pelo PT, Dilma, Lula e a população brasileira.

Nesses termos, a exclusão do PCO e de Ana Patrícia dos debates pernambucanos para o cargo de governador, evidenciam ainda mais claramente o caráter burguês e golpistas das eleições, além de escancarar o acerto do PCO em denunciar a fraude em que estão e constituindo as atuais eleições, sem Lula, e de colocar a necessidade de uma mobilização revolucionária para derrotar o golpe, libertar Lula e garantir sua candidatura presidencial, apoiada pelas principais organizações de luta dos trabalhadores e da juventude.