Para tirar votos de Lula: Aliança Ciro e PSB avança

De acordo com os objetivos dos “donos do golpe”, avançam as tratativas no sentido de selar a aliança do PDT e o PSB, na tentativa de impor o abutre Ciro Gomes como o candidato oficial da “esquerda” para sacramentar o “plano B” nas eleições de outubro próximo.

Essa é a política do golpistas que buscam a todo custo pressionar o PT a abandonar a candidatura de Lula em torno de uma pretensa “unidade da esquerda”, com o propósito de virar a página do golpe e abrir caminho para a vitória de um candidato da direita, que terá como papel central levar às últimas consequências a política de destruição nacional, agora com o respaldo do “voto popular” e do respeito por parte dessa mesma “esquerda” ao novo quadro político estabelecido com o processo eleitoral.

O problema que se coloca para os golpistas não consiste simplesmente em forjar um novo golpe, a fim de barrar a candidatura de Lula, mas fazer com que essa operação seja respaldada por uma “frente ampla”, como gosta de se referir o PCdoB, ou uma frente de abutres, como temos denunciado em nossa imprensa, na tentativa de minar a candidatura de Lula.

Como já deixou bem claro o candidato abutre Ciro Gomes, o “problema da candidatura Lula é que ela polariza o País” e o que, segundo ele, “precisamos é ter uma política de crescimento”, ou ainda “o país não pode ter um novo governo de esquerda” etc. toda a cantilena peculiar da direita golpista.

Sem dúvidas, Lula é para a população trabalhadora brasileira a expressão da luta contra o golpe, é a expressão da luta de classes no país. Ciro Gomes não gosta disso. Ciro Gomes é o afilhado ao gosto de muitos padrinhos golpistas, como o coronel cearense do PSDB, Tasso Jereissati, e o vice-presidente da Fiesp, o carrasco dos 15 minutos de intervalo, que defende que o trabalhador coma com   uma mão e trabalhe com a outra, Benjamin Steinbruch, um possível vice na chapa “esquerdista”.

Nunca é demais relembrar que Ciro Gomes sempre foi um afilhado que cumpriu tarefas concretas para os seus padrinhos. Por duas vezes foi candidato à presidente com o claro propósito de retirar votos do também candidato Lula, primeiro para defender a reeleição de FHC em 1998, depois para garantir a presença do PSDB no 2º turno nas eleições de 2002.

Novamente o menininho querido dos golpistas se presta a esse papel. Ciro não será eleito, seja com ou sem “frente ampla”. O papel de Ciro é o de oficializar o golpe. No máximo, e essa é uma característica de todos os matizes abutres que comungam com o abutre-mor, será a manutenção do emprego de um ou outro político para cargos proporcionais ou majoritários, que serão meros joguetes nas mãos dos “donos do golpe”, até o momento que “os donos do golpe” entenderem que não têm mais serventia e serem descartados como “sabujos velhos”.