Paladinos da “democracia”: telegramas revelam o uso cotidiano da tortura pela CIA

Na última semana, cerca de 11 telegramas ultra-secretos enviados ou autorizados por Gina Haspel em 2002, foram desclassificados pelas autoridades norte-americanas e trazidos a público. Gina era,à época, agente secreta da CIA – o departamento de inteligência responsável pelo terrorismo imperialista ao redor do mundo – em missão na Tailândia. A revelação, em grande medida, não é segredo para ninguém: a tortura é uma prática cotidiana para as forças militares estadunidenses.

Os telegramas e entrevistas divulgados pelo site ProPublica relatam sessões de tortura repulsivas. Em uma delas, o prisioneiro é amarrado nu em uma maca e recebe líquidos em seu rosto para simular a sensação de afogamento. Um dos torturadores disse ao site de notícias que as torturas se prolongavam até que o capturado resolvesse “contar a verdade”. Outros capturados apanhavam e eram, em seguida, confinados em pequenos espaços sob o pretexto de que – tal qual pedaços de carne – eles tinham que ser amaciados. Tais atos chegaram ao conhecimento da equipe presidencial do então presidente George W Bush, que os consideraram legais.

Atualmente, Gina, cuja vida é uma incógnita protegida pelo sigilo imposto aos documentos de suas missões, é a primeira mulher a ocupar o cargo de Diretora da CIA. Os documentos só se tornaram públicos graças à ação da ONG National Security Archive.

Estes são os métodos utilizados pelos benfeitores americanos para trazer “democracia” aos países oprimidos, exercendo seu destino manifesto de salvar a humanidade. Não é coincidência a semelhança entre tais práticas e os métodos usados pelo exército brasileiro e pelas polícias durante a ditadura militar. O imperialismo, com suas agências secretas nefastas, não qualquer interesse real em promover a civilidade e urbanidade no mundo. Quando apontam o dedo para algum país pobre acusando-o de atos desumanos, é sempre um mero pretexto de intervenção e golpismo.