Os casos Lula e Marielle mostraram: é preciso armar a população para se autodefender

Dois casos recentes compravam a necessidade da esquerda se organizar para se defender contra os jagunços da direita. O primeiro, mais absurdo, foi o assassinato de Marielle Franco, vereadora do PSOL no Rio de Janeiro e uma ativista que lutava contra a intervenção militar no estado e a repressão policial. O segundo, mais recente, foi a intimidação de coxinhas armados durante a caravana do ex-presidente Lula pelo Sul do País.

Não é possível abrir um diálogo com esses elementos violentos que aparecem em manifestações de arma em mãos. É preciso sim se organizar e armar o povo para sua autodefesa, para evitar que aconteçam outros episódios e violentos contra os militantes das organizações de esquerda.

A maioria dos partidos e movimentos sociais confiam “nas instituições” para resolver esse tipo de situação, ou seja, jogam o problema na mão da polícia, como se fosse possível que o principal órgão responsável pela repressão e extermínio do povo fosse defender esses mesmos reprimidos diante destas situações. É um pensamento absurdo, e a realidade vem comprovando isso. O número de indígenas, ativistas do Movimento Sem Terra, ambientalistas e sindicalistas mortos aumentou muito desde 2016, e não por acaso.

Enquanto a direita estiver à vontade para usar sua violência ignorante, e ainda com a proteção da polícia, não é possível apostar no diálogo. É preciso sim se preparar para não ser intimidado e nem massacrado pelos jagunços, latifundiários, milicianos, policiais, soldados e matadores de aluguel.