Organizar a luta contra a ameaça imperialista à Venezuela, contra o golpe e a prisão de Lula

A esquerda pequeno-burguesa, um setor por confusão e outro por adaptação ao imperialismo, não está dando a devida atenção ao problema na Venezuela. O imperialismo ameaça uma intervenção militar no País para derrubar o governo nacionalista de Nicolás Maduro, inclusive usando o governo golpista do Brasil.

Caso as ameaças se concretizem, uma ação contra a Venezuela seria uma nova etapa na política golpista promovida pelo imperialismo na América Latina, que já promoveu os golpes de Estado no Brasil, Paraguai, Honduras e golpes eleitorais na Argentina, Chile e Equador, apenas para citar alguns casos. A Venezuela resiste ao golpe e o imperialismo tem dificuldades em promover uma direita que seja capaz de se opor ao regime chavista e é isso o que faz a necessidade de uma ação militar.

Uma intervenção do imperialismo necessariamente envolveria os países vizinhos, em primeiro lugar o governo golpista brasileiro e o tradicional enclave imperialista na região: a Colômbia. A situação tende a uma desestabilização geral no continente.

Enquanto isso, a esquerda pequeno-burguesa, que não consegue reagir à altura diante do aprofundamento do golpe no Brasil, também não entende o perigo de uma intervenção militar imperialista na Venezuela, por isso a reação é muito tímida. Isso sem contar o setor minoritário da esquerda pequeno-burguesa, como é o caso dos morenistas do PSTU e de correntes do PSOL como a CST de Babá e o MES de Luciana Genro, que se colocam favoráveis à queda de Maduro, se aliando vergonhosamente ao imperialismo que prepara uma invasão militar no País vizinho.

Diante de uma caso dessa gravidade, é tarefa essencial da esquerda organizar manifestações e uma ampla campanha de denúncia contra a agressão imperialista à Venezuela. Mais ainda, é preciso organizar a luta contra o golpe no Brasil e seus efeitos, contra a prisão de Lula, relacionando com a intervenção imperialista na Venezuela.